Greve na educação tem adesão de 80% no primeiro dia
A insatisfação dos trabalhadores em educação estaduais com o governo do Estado pode ser verificada no primeiro dia de greve da categoria com a adesão de 80% dos profissionais.
Nesta quinta-feira foram realizados atos públicos e manifestações de protesto em várias localidades do Estado.
Os trabalhadores em educação estaduais decidiram entrar em greve depois que tiveram negado por parte do governo o atendimento das reivindicações: aumento salarial de 15% no vencimento básico; aumento de 100% na gratificação de unidade escolar que hoje é de R$ 90,00 para técnicos administrativos, R$ 130,00 para professores em sala de aula e de R$ 150,00 para professores lotados em outros setores das escolas; envio do Plano de Carreira à Assembleia Legislativa em março; auxílio alimentação no valor de R$ 250,00; destinação mensal de R$ 500 mil para pagamento da licença prêmio com critérios a serem definidos pela categoria em assembleia; e garantia do pagamento do auxílio saúde aos aposentados no valor de R$ 150,00.
Nesta quinta-feira foram realizados atos públicos e manifestações de protesto em várias localidades do Estado.
A maior manifestação ocorreu em Porto Velho, em frente ao Palácio do Governo, onde os trabalhadores em educação se reuniram para protestar.
O presidente do Sintero, Manoel Rodrigues, disse que o governo não está se negando a dialogar, mas a proposta de aumento salarial de 6,5% foi prontamente rejeitada pela categoria.
Para sexta-feira está prevista mais uma assembleia com concentração na Praça das Três Caixas DÁgua, de onde os trabalhadores deverão sair em passeata pelas ruas centrais de Porto Velho.
A direção do Sintero não descarta a realização de atos de protesto em frente à Seduc com a participação de caravanas de todo o Estado.
Os trabalhadores em educação permanecerão em greve pelo menos até o dia 1º de março, quando está prevista uma nova audiência com o governador Confúcio Moura para discutir a pauta de reivindicações. O resultado da audiência será avaliado pelos trabalhadores em assembleia. Se não houver um acordo, a greve poderá continuar por tempo indeterminado.
Durante a manifestação o presidente do Sintero reiterou que a educação representa mais da metade dos servidores públicos, mas conta com recursos limitados para pagar folha. A educação conta com apenas 25% do orçamento do Estado para construir escolas, custear todas as despesas de manutenção das escolas e das Representações de Ensino, pagar o transporte escolar e todas as demais despesas da educação. Isso faz com que sobre poucos recursos para a folha de pagamento e o governo vive dizendo que não tem como aumentar os salários, disse Manoel Rodrigues.
Para o sindicalista, a situação vai mudar quando o governo aumentar o percentual de investimento na educação ou utilizar recursos do orçamento para as despesas. 25% é o mínimo que a lei exige de investimentos na educação. Infelizmente o governo toma o percentual mínimo como teto. O governo precisa aumentar os investimentos na educação e fazer como em outros Estados, onde o percentual chega a 30% do orçamento, disse.
Municipais
Além de coordenar a greve dos trabalhadores em educação estaduais, a direção do Sintero também coordena a greve dos trabalhadores em educação municipais de Porto Velho.
Nesta quinta-feira a categoria realizou manifestação em frente à Prefeitura para cobrar uma resposta do prefeito à pauta de reivindicações.
Nesta sexta-feira os trabalhadores em educação municipais se unem aos estaduais para uma manifestação pelas ruas de Porto Velho.
A categoria permanece em greve até o dia 28 de fevereiro, enquanto aguardam uma reunião com o prefeito Roberto Sobrinho. Após a resposta do prefeito uma nova assembleia de avaliação será realizada. Se a resposta não for satisfatória, a greve poderá continuar por tempo indeterminado.
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