Rondônia, 24 de novembro de 2024
Geral

Greve na UNIR: Comando reafirma paralisação e pede desculpas a sociedade

CARTA ABERTA A SOCIEDADE



Nas entrevistas dadas, o reitor afirma que a UNIR não tem problema de professor e que as reivindicações de alunos e professores já estavam sendo atendidas muito antes de iniciar a greve.  Neste sentido torna público um documento justificando cada ponto das reivindicações, concluindo que já houvera atendido 95% das reivindicações apresentadas. 

Desde a deflagração da greve, o reitor José Januário de Oliveira Amaral tem dificultado a interlocução e a tentativa de agendamento de reunião seja por ausência a estas, previamente protocoladas, seja por atitudes arbitrárias como impedimento de entrada no prédio da reitoria pela Polícia Federal.

Nas entrevistas dadas, o reitor afirma que a UNIR não tem problema de professor e que as reivindicações de alunos e professores já estavam sendo atendidas muito antes de iniciar a greve.  Neste sentido torna público um documento justificando cada ponto das reivindicações, concluindo que já houvera atendido 95% das reivindicações apresentadas. 

O corpo docente se sentiu ultrajado pelo documento apresentado não somente pelo caráter falacioso do texto, pois não há nenhuma comprovação dos fatos apresentados, mas, principalmente, pela falta de cortesia com que trata os seus pares professores.

Entendendo que a proposta de negociação do reitor é puro exercício de retórica e as negociações feitas por ocasião da paralisação de 2008, época em que assinou TAC que não foram cumpridos até o prazo final, ou seja, 2010, o corpo docente decidiu encaminhar documentos ao MEC, à Casa Civil da Presidência da República, Bancada Federal, com o seguinte teor:

- pelo afastamento do reitor da Universidade Federal de Rondônia, José Januário de Oliveira Amaral;

- pela solicitação de uma auditoria da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura (SESu/MEC), Tribunal de Contas da União (TCU) para apuração das possíveis irregularidades na gestão do referido reitor;

- pela condução da vice-reitora no cargo de reitora durante o período de auditoria;

- pela unificação da pauta e do comando de greve entre docentes e discentes.

A comunidade universitária reconhece os prejuízos que advém desta paralisação, mas não pode continuar aceitando uma administração indiferente aos problemas comezinhos. Entretanto, esta atitude autoritária só fez crescer o movimento que agora conta com a adesão de vários campi desta instituição que se encontram em situação mais precária ainda do que a do campus de Porto Velho.

Conclamamos, pois, a compreensão e solidariedade da sociedade para as nossas questões, inclusive visitando os campi para comprovar in loco nossa situação e que participem, não permitindo o enfraquecimento do movimento e buscando também, como nós, a veracidade das informações dadas e a transparência das ações desta gestão da UNIR.

Unamo-nos, Sociedade e Corpo Universitário, em prol de uma Universidade Pública, Gratuita e Socialmente Referenciada.
Porto Velho, 20 de setembro de 2011
Comando de Greve dos Docentes

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