Rondônia, 12 de maio de 2024
Geral

Grevistas do sistema penitenciário protestam na Madeira Mamoré

O quinto dia de greve dos servidores do Sistema Penitenciário e Socioeducativo de Rondônia foi marcado no domingo (05) com uma grande manifestação pública no complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM).


Os “palhaços” da categoria ainda fizeram a festa da criançada que faziam escultura com
balões de presente para elas.
Com faixas e narizes de palhaço, os grevistas iniciaram o movimento cantando os hinos Nacional e de Rondônia. Em seguida, Anderson conclamou a população a apoiar a causa dos servidores ao falar da caótica situação dos Sistemas Prisional e Socioeducativo e dos vários acordos descumpridos pelo Governo de Confúcio Moura com a categoria. “Além da saúde e educação, o sistema penitenciário deveria ser uma das prioridades de governo, pois um dia essas pessoas que lá estão retornarão à sociedade e, em muitos casos, muito mais violentas do que entraram”, alertou.

Os “palhaços” da categoria ainda fizeram a festa da criançada que faziam escultura com
balões de presente para elas.

Leonardo (35) que é servidor público no Ceará e está a passeio em Porto Velho, manifestou o seu apoio ao movimento. “Infelizmente, parece que vivemos em uma democracia onde só os poderosos conseguem benefícios do governo, enquanto a classe trabalhadora vive lutando pelos seus direitos. Parabéns aos servidores pela luta”, discursou.

O mesmo foi feito pelo lavador de carros, Valdecir da Silva (60). “Nós temos que parar de votar em político morcego que só chupa o sangue de Rondônia. Quando eles ganham, viram a costa para o servidor público e nós cidadãos”, criticou.

Na oportunidade, o presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Estradas e Rodagens (Sinder), Francisco Vicente (Chicola), também criticou a atuação governamental. “É um governo que está brincando com coisas sérias. Acompanho o trabalho sério desse sindicato e vejo que vocês demonstram cada vez mais união”, enfatizou.

Candidatos aprovados no concurso público realizado em 2010 para a Secretaria de Estado de Justiça de Rondônia (Sejus) participaram do protesto, ocasião em que falaram o quanto foram prejudicados com a indefinição do governo quanto à convocação para a curso de formação. “Temos casos de depressão, desestruturação familiar, já que muitos largaram emprego para cumprir aviso prévio, e até suicídio”, revelou um deles ao falar das consequências do não cumprimento da programação.

Os grevistas também distribuíram cópias das notas de apoio divulgadas pela Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho e a Central Única dos Trabalhadores em Rondônia (CUT-RO).

Mesa de negociações

As negociaçoes da Comissão de Greve do Singeperon com a Mesa de Negociações Permanentes do Estado segue lenta. Sem propostas concretas, os secretários estaduais somente propuseram a suspensão do movimento para revisão do Plano de Carreiras, Cargos e Remunerações (PCCR) em 30 dias, o que não foi aceito pelos servidores, já que o Estado teve sete meses para tomar as providências que não tomou quanto à principal reivindicação dos trabalhadores.

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