Grupo de Eurico Montegro recorre à “narrativa fantasiosa” para atacar gestão da OAB
Sem propostas concretas e disparando críticas a posições tomadas pelo Judiciário, confirmadas em ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), um grupo liderado pelo advogado Eurico Soares Montenegro Neto passou a atacar a gestão do atual dirigente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rondônia, Márcio Nogueira, orquestrando o que estão chamando de “narrativa mentirosa”, especialmente nas redes sociais. A eleição na Ordem acontece no dia 18 de novembro, e há prazos para formação de chapa e discussão de propostas entre os profissionais da Advocacia, mas o grupo de Eurico, formado por velhos conhecidos da Ordem, convocou até ex-políticos profissionais para disseminar um discurso raivoso e dúbio para tentar engajar apoio.
Senão vejamos. Em um vídeo nas redes sociais, fala-se sobre o desmonte na Ordem, sob argumento de que as custas processuais são altíssimas, limitando o direito do cliente em avançar em outras instâncias do Poder Judiciário; ataque-se a atual gestão porque os valores do dano moral foram reduzidos nos últimos anos; outra crítica é com relação a chamada “desjudicialização” que vem ocorrendo com os acordos entre grandes empresas e consumidores, sem a presença de advogado.
As três vertentes não passam de falácia do grupo de Eurico. O valor das custas é aprovado pela Assembleia Legislativa, cujo um dos advogados que defende Eurico fez parte como membro daquele Poder, após o Tribunal de Justiça encaminhar a minuta do projeto através do Governo de Rondônia; nunca se ouviu falar em advogado, vencedor da demanda, obrigar a magistrado a fixar um valor das indenizações; e a chamada “desjudicialização” foi alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, que simplesmente confirmou o que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) havia proposto.
Os apoiadores deveriam saber disso já que o líder da futura chapa Eurico Montenegro é advogado da Associação dos Magistrados de Rondônia (Ameron), e conhece muito bem juízes e desembargadores. Observando as últimas investidas do grupo de Eurico Montenegro, os advogados comprometidos com a Ordem estão preocupados com um ingrediente a mais nessa disputa. Márcio Nogueira obrigou, após reclamação no CNJ, juízes trabalhistas a retornarem às Comarcas e fazerem atendimentos presenciais. Após a pandemia, os membros daquela Corte queriam fazer audiências virtuais e de outros estados, na maioria na beira mar. Outro dissabor aos juízes foi o retorno das defesas orais. Foi necessário a atual gestão da OAB buscar o direito do advogado nas instâncias superiores para garantir a prerrogativa de seus membros. O advogado é livre para lutar pelos seus direitos e defender por todos os meios legais seu cliente, mas não pode entregar sua classe nas mãos de gente patrocinada pelos magistrados.
Veja Também
Praça das Três Caixas d’Água recebe feira de artesanato e gastronomia no final de semana
Prefeitura de Porto Velho vai inaugurar nova rodoviária no dia 20 de dezembro
Sindeprof apresenta proposta de tabelas salariais durante assembleia geral de servidores municipais
Meteorologia prevê mais chuvas volumosas para Rondônia e outros estados