Hermínio intermedia negociação para liberar garimpo no Madeira

Lideranças e garimpeiros que trabalham na extração de ouro no Rio Madeira têm um encontro nesta quarta-feira (24), às 9h, com a secretária de Estado do Desenvolvimento Ambiental, Nancy Rodrigues, na Assembleia Legislativa, para discutir a liberação da atividade na região do Belmont. A reunião foi agendada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, a pedido do professor João Rocha, que é um dos líderes da categoria.
Na quarta-feira da semana passada uma operação de fiscalização da Sedam, com apoio da Polícia Nacional e Polícia Federal, levou preso um grupo de 28 garimpeiros, entre eles duas mulheres, que garimpava na região. Na oportunidade, policiais e agentes teriam danificado equipamentos, retirando peças de valores mais elevados. Revoltados, os garimpeiros ameaçavam fechar a ponte recém inaugurada sobre o Rio Madeira, a partir da manhã desta quarta-feira.
Para evitar maiores transtornos, o deputado Hermínio Coelho tenta intermediar um acordo que permita aos garimpeiros retornarem à extração do minério no Rio Madeira. “Nos dias de hoje ainda vemos um enorme preconceito e discriminação com relação ao garimpeiro. É preciso ter claro que o garimpeiro não pode ser tratado como bandido. É um trabalhador que merece ser tratado como dignidade como outro qualquer”, defendeu o deputado.
Em conversa por telefone com a secretária Nancy Rodrigues na tarde desta terça-feira, Hermínio ficou sabendo que falta acertar pequenos detalhes com relação aos locais de garimpagem, na região do Belmont. “Por meio do diálogo vamos buscar uma saída para que os garimpeiros possam trabalhar em paz. Eu, particularmente, não concordo com a versão tantas vezes repetida de que assim como o ciclo da borracha, o do garimpo passou. Pelo contrário, o rio Madeira ainda guarda muito ouro que pode oferecer emprego a milhares de pais de famílias. Segundo estudos que temos conhecimento, até agora não se tirou mais que 20% das reservas auríferas desta região. Temos que incentivar, sobretudo, o uso de tecnologias mais apropriadas”, observou Hermínio Coelho.