Rondônia, 27 de dezembro de 2024
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Hidrelétricas iniciarão novo ciclo econômico em Rondônia, apostam empresários

Depois da estrada de ferro, da borracha e do garimpo, Rondônia deverá viver um novo ciclo econômico – o maior – na avaliação de moradores, empresários e autoridades da capital, Porto Velho. A expectativa de crescimento acelerado da economia tem um motivo: a construção de duas usinas hidrelétricas no Rio Madeira, previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Somente os custos da obra chegarão a R$ 20 bilhões, o que representa quase o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.



Em 2007, o crescimento da economia na capital chegou a 14,9%. “As vendas no Natal cresceram 10,5% em relação a 2006. A média brasileira ficou em 6,5%”, compara o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio) de Rondônia, Francisco Linhares.

A usina de Santo Antonio, primeira a ser construída, teve a licitação aprovada em dezembro e ao longo deste ano deverá obter a licença ambiental de instalação. A previsão é de que a construção comece até o início do próximo ano. O canteiro de obras ficará a menos de dez quilômetros do centro de Porto Velho, e a cidade já começou a perceber as mudanças que virão com o complexo hidrelétrico.

Em 2007, o crescimento da economia na capital chegou a 14,9%. “As vendas no Natal cresceram 10,5% em relação a 2006. A média brasileira ficou em 6,5%”, compara o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio) de Rondônia, Francisco Linhares.

“É o melhor momento da história do estado, nosso único temor é a especulação que vem com a expectativa”, avalia o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Rondônia, Manoel Chagas Neto. Dados da entidade apontam crescimento de até 150% nos preços de imóveis e aluguéis nos últimos dez meses. O metro quadrado de um apartamento custa, em média, R$ 2 mil.

A especulação imobiliária alavancou a construção civil na cidade: 39 edifícios estão em construção e deverão injetar 2 mil novas unidades residenciais no mercado. No entanto, para Chagas Neto, a tendência é de que um “choque de realidade” volte a baixar os preços dos imóveis passada a euforia da construção do complexo hidrelétrico. “A especulação na área de imóveis e de terrenos está acima da realidade. Há expectativa, mas não há certeza. O mercado não vai suportar”, acredita.

Além do crescimento imobiliário, as usinas também estão atraindo empresas de grande porte. Segundo Linhares, da Fecomércio, o grupo Votorantim, a rede de supermercados Carrefour e a multinacional fabricante de turbinas Alstom vão se instalar em Porto Velho nos próximos meses. Duas obras na cidade já chamam a atenção pelo tamanho e pelo ritmo acelerado: dois shoppings centers – os primeiros da capital – estão sendo construídos simultaneamente.

“Tanto o setor de serviços como as indústrias já existentes estão se preparando para isso [crescimento]. Quem não se programar, não fizer planejamento, será absorvido pelos grandes empreendimentos, que chegam com força total”, avalia Linhares.

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