Hoje, 16 de maio homenagens aos garis Por Ruzel Costa
É com muito prazer e respeito que escrevo este texto direcionado ao profissional gari, figura importantíssima para nossa existência em sociedade, mas ilogicamente tão pouco respeitada.
Origem da palavra
No Brasil, os garis são os valorosos profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques.
Origem da palavra
O termo Gari começou a ser utilizado para denominar os homens que atuavam na coleta de lixo, ainda na época do Brasil Império, fazendo referência a Pedro Aleixo Gary, empresário francês, contratado pela Corte Brasileira para organizar o serviço de limpeza na cidade do Rio de Janeiro em 1876. Com o tempo, os funcionários que trabalhavam para Pedro Aleixo ficaram conhecidos como a “turma do Gari” ou simplesmente, Garis.
O dia do Gari
Foi instituído, através da Lei 212, de 31/10/1962, sancionada pelo então Governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, o Dia do Gari, cuja primeira comemoração ocorreu em 16 de maio de 1963. A decisão visava prestar reconhecimento à árdua, perigosa e difícil missão daqueles que integram o Departamento de Limpeza Urbana. A partir de então muitos municípios ou estados aprovaram leis criando a merecida Data.
Existem na Câmara Federal projetos para oficializar o dia 16 de maio como o dia Nacional do Gari. A aprovação de um desses projetos seria uma justa homenagem aos milhares de trabalhadores que apesar de serem tão comuns nas áreas urbanas, passam muitas vezes despercebidos, sofrem preconceitos, indiferenças e até humilhações, apesar de tão necessários.
Dados sobre o lixo produzido no Brasil
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil produz, em média, cerca de 90 milhões de toneladas de lixo por ano, cerca de 250 mil toneladas por dia. Cada brasileiro gera, aproximadamente, 500 gramas de lixo diariamente, podendo chegar a mais de 1 kg, dependendo do local em que mora e do poder aquisitivo.
Segundo a Prefeitura Municipal da capital Porto Velho (Empresa Marquise) são recolhidos cerca de 350 toneladas de lixo diariamente, uma média de 9 mil toneladas por mês ou 115 mil ao ano.
Os profissionais da limpeza reclamam
“Muitas vezes falta educação e colaboração da população na hora de jogar o lixo, como também a falta de lixeiras e a sociedade ainda discrimina a categoria, principalmente quando estamos uniformizados e que a sociedade parasse de olhar o gari como o próprio lixo, pois, se sairmos com uma roupa diferente ninguém perceberia que trabalhamos como garis, somos iguais sem diferenças”.
Um grande exemplo dessa discriminação ocorreu no final do ano de 2009, onde um conhecido apresentador (âncora) de uma importante emissora de televisão fez um deselegante comentário: "Que 'm.': dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo da escala do trabalho".
O áudio foi transmitido ao vivo e gerou grande repercussão. No dia seguinte, quando o vídeo já tinha milhares de visualizações na internet, o apresentador se retratou sobre o comentário que definiu como "uma frase infeliz". "Peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores". O caso não terminou na imprensa e foi parar na Justiça, rendendo diversas condenações ao âncora e a emissora. Por fim, o TJSP concluiu que a emissora é responsável pelo conteúdo que veicula e, por isso, deve dividir o valor da condenação com o apresentador. (Isso é uma vergonha). As informações são do portal Uol.
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A importância dos profissionais
Sempre quando uma paralisação dos garis é anunciada, a sociedade lembra-se da importância deles e os órgãos competentes, geralmente, entram em um acordo para não virar uma situação caótica.
Na edição do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro de 11 de março de 2014 confirma “ A paralisação do trabalho dos garis evidenciou a importância destes trabalhadores para garantia da saúde pública, bem estar da população e para a imagem da "Cidade Maravilhosa".
Para a acadêmica do Curso de Pedagogia Edilene Ferreira Gomes “A profissão de gari é uma das profissões mais difíceis do mundo principalmente no Brasil, por ser um País sujo, as pessoas não tem conscientização e nem respeito com o Meio Ambiente, e devido a isso acaba sobrando para o gari limpar toda a imundície da cidade.
O gari se torna invisível na sociedade, mesmo sendo um dos profissionais que mais trabalha em prol dela.
Esse profissional deve ser mais valorizado por parte da sociedade e também do governo. Eles não devem ser chamados de “lixeiros, sua profissão é GARI”.
Professor Ruzel Costa leciona na Faculdade Faro, Colégio Objetivo, Escola Madeira-Mamoré e Colégio Interação, em Porto Velho-RO
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