Rondônia, 23 de novembro de 2024
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Imagens Exclusivas: Quadrilha presa em operação da PF atuava também com tráfico e agiotagem

Os trabalhos de investigação da Operação Mors, da Polícia Federal, que foram apresentados em coletiva na manhã desta quinta-feira, 7, na delegacia de Ji-Paraná, iniciaram há um ano de dois meses na região de Jaru. O envolvimento de policiais já havia sido confirmado no início da investigação, que aconteceu ainda em pedido de apoio das instituições rondonienses, que tiveram seus membros vítimas de tentativa de intimidação por parte do grupo. Além de homicídios, o grupo atuava em outras atividades ilícitas, como agiotagem, segurança particular ilícita, comércio de armas de fogo e tráfico de drogas. Além de agentes públicos ligados à Segurança Pública, o dono de um site em Jaru também foi encaminhado à Polícia Federal.

O superintendente da Polícia Federal em Rondônia, Araquém Alencar Tavares de Lima, caracterizou a ação do grupo investigado como uma forma de rivalizar com as instituições de segurança e que não há outra forma de lei, além da praticada por juízes e promotores legalmente constituídos. Sobre o envolvimento de policiais da região de Jaru, enfatizou que são fatos isolados e que a maioria dos policiais que trabalham na região é digna da atividade que desenvolvem.

Claudio Wolff Harger, representante do Ministério Público, falou que mais uma vez o trabalho do Grupo de Apoio ao Combate ao Crime Organizado (GAECO) foi parceiro da Polícia Federal e da própria Polícia Militar, que também participou das investigações.

Falando em nome do comando da Polícia Militar, o tenente coronel Plínio Sérgio Cavalcante, afirmou que o desvio de conduta verificado na operação jamais serão tolerados dentro da PM e que a partir de agora serão instaurados processos administrativos e criminais contra os envolvidos. Afirmou ainda que não houve, no desenvolvimento da investigação, conhecimento da atuação dos envolvidos, mas que tão logo houve a informação foram tomadas providencias para que os mesmos não continuassem com suas ações ilícitas.

Sobre os detidos, o delegado responsável pela delegacia da PF em Ji-Paraná, Everton de Oliveira Manso, disse que desde 2015 a investigação acontece em toda a região de Jaru e que foram cumpridos 14 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão, na sua maioria contra agentes públicos ligados à Segurança Pública. Há um foragido.

O chefe da investigação da Operação Mors, Eduardo Gomes, apresentou dados que 30 homicídios teriam sido cometidos pelo grupo preso e que a atuação era com requintes de execução visando uma higiene social, já que os crimes eram, na sua maioria, contra praticantes de pequenos delitos. Esses homicídios vem sendo registrados desde 2009.

A partir de agora os presos serão encaminhados a Porto Velho ao Centro de Correição da Polícia Militar, onde aguardarão os trâmites processuais. Entre os presos estão policiais militares, civis e agentes penitenciários.

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