Instituição pede ajuda para manter casa de recuperação para mulheres dependentes químicas
Um desafio que poucos gostariam de assumir está sendo desenvolvido pelo Centro de Recuperação Geração Eleita, em Porto Velho. Após três anos trabalhando com mais de 20 homens ex-usuários de drogas, agora a instituição filantrópica está abraçando a causa feminina. Para isso, abriu mais um espaço para a mesma quantidade de mulheres que precisam e queiram o tratamento.
A terapia realizada no lugar, segundo a coordenadora da casa, Jaqueline Bastos dos Santos, é espiritual. “Quando elas chegam, procuramos ajuda profissional médica, marcamos exames, levamos no Caps e vemos se há necessidade de remédios para desintoxicação. Aqui elas vão ficar por seis meses, sem sair se não com acompanhamento, e trabalhamos o lado espiritual, oramos, realizamos cultos e como começamos agora, vamos desenvolver tarefas, como a panificação, que já é realizada com os homens no centro de internação masculino”, explica.
As duas casas alugadas são vizinhas, localizadas à Rua Abnatal Bentes de Souza (antiga Rua 6), no Bairro Agenor de Carvalho, e sobrevivem de doações, estando abertas para voluntários que possam atender os internos com serviços de atendimento médico, ginecológico, odontológico. A nova casa feminina precisa de móveis, um freezer para manter o material produzido como massas e recheios de salgados e pães, roupas, calçados, materiais de limpeza e higiene pessoal, mantimentos, enfim.
“Toda doação é bem-vinda. Eu vim há três dias para cá. Quero poder me curar e ajudar enquanto estiver aqui. Sei fazer pão, salgados, artesanato, e posso ensinar as colegas não só para vendermos, mas para ocuparmos a mente como uma terapia. Precisamos de ajuda. Somos seres humanos, e essa oportunidade é muito importante para mim”, declarou Sheila Lago Ferreira, 32 anos.
A mulher já tem um filho de 7 anos de idade, que está com a avó, e está no quarto mês de gestação do segundo filho. Essa é a 12ª internação de Sheila. “Eu fugia, desistia. Mas pelos meus filhos, pela minha vida, eu quero e vou conseguir sair dessa. Não é fácil... Passei por uma situação traumática aos 14 anos de idade. Fui violentada. Minha vida foi destruída a partir daquele dia. Mas eu não quero mais continuar assim, eu vou conseguir”.
Para quem quiser ajudar, o telefone da coordenadora Jaqueline é 99370-7429, ou pode procurar a equipe diretamente na casa. Toda ajuda pode fazer a diferença.
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