Rondônia, 31 de outubro de 2024
Geral

Integrantes do MAB ocupam Ibama em Porto Velho

Cerca de 200 pessoas ocuparam, na manhã desta terça-feira (14), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em Porto Velho. De acordo com o representante do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Francisco Kelvin, as famílias estão reunidas para cobrar as reivindicações feitas para a Santo Antônio Energia e Usina de Jirau. A ocupação não tem previsão para terminar.

Os manifestantes reivindicam da Santo Antônio Energia, o remanejamento das famílias atingidas de Jacy-Paraná, Joana D’Arc e outros assentamentos conforme os critérios do Plano Básico Ambiental, além de reestruturação das áreas remanescentes e medidas emergências de fornecimento de água potável para as famílias, apresentação do plano de segurança de barragem, suspensão da autorização especial para a ampliação da cota de operação da UHE Santo Antônio.

Para Usina de Jirau, os manifestantes cobram o remanejamento das famílias atingidas de Abunã, entrega das casas de Nova Mutum Paraná para a prefeitura de Porto Velho e a regularização das famílias ocupantes, a execução do programa de apoio as atividades pesqueiras e a apresentação do Plano de Segurança de Barragem.

O sitiante José de Sousa, de 44 anos, conta que mora em Jacy-Paraná há mais de oito anos e reclama da quantidade de mosquitos no local e falta de água potável. “Depois que chegou esse empreendimento em nosso distrito a quantidade de mosquitos aumentou. A água que a gente pegava do nosso poço, hoje não pode mais beber porque está poluída e causando várias doenças”, reclama José.

“Minha filha de 2 anos já pegou várias infecções por causa da água poluída que infelizmente a gente ingeriu. O cheiro de podre que a água tem é insuportável e não dá nem para tomar banho. A gente pede uma solução para esse problema que está prejudicando a gente”, pediu o morador Josias da Silva Mota, de 24 anos, que mora em Jacy-Paraná há mais de 4 anos.

Para os manifestantes, o analista ambiental do Ibama Roberto Huey disse que os analistas estão visitando os moradores das áreas atingidas, analisando lençol freático para poder fazer um relatório que será enviado para Brasília. “A nossa presença aqui é fruto de todo o movimento social e é importante a participação dos moradores para ouvi-los sem atritos. A visita dos fiscais não é certeza de que tudo será resolvido, porque é uma coisa que será trabalhada para chegar a uma possível solução”, esclareceu o analista ao grupo.

De acordo com Francisco Kelvin, uma videoconferência deve acontecer na quarta-feira (15) entre os manifestantes e representante do Ibama, em Brasília.

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