Rondônia, 24 de dezembro de 2024
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Investigações sobre empresas fantasmas em Guajará começaram em 2014, diz PF

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (24) a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal detalharam os avanços das investigações da operação “Caça Fantasmas”, deflagrada em Guajará-Mirim, fronteira do Brasil com a Bolívia, entre os dias 14 e 23 de março.

Cerca de oito policiais federais e oito auditores fiscais participam das investigações para combater crimes como sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As investigações começaram em 2014. Durante a operação ninguém foi preso e não houve apreensão de produtos. Segundo a Receita Federal, a sonegação pode chegar a R$ 10 milhões ao ano.

De acordo com o delegado da Receita Federal Michel Lopes Teodoro, as empresas não existiam e atuavam em vários ramos de atividade. “Durante as investigações foi constatado que essas empresas eram fantasmas, muitas delas vendiam produtos, prestavam serviços sem existir se beneficiando de tributos de maneira errada. Foi identificado que essas empresas importavam e exportavam produtos, vestuários, venda de produtos alimentícios entre outros”, esclarece o delegado.

Ainda segundo Teodoro, as empresas envolvidas na operação serão baixadas. “Essas 54 empresas envolvidas na operação representa praticamente de 10% das empresas de Guajará-Mirim, que são consideradas fantasmas e que através de uma verificação dos auditores e policiais, essas empresas foram baixadas, por fazer com que o Governo deixasse de arrecadar R$ 10 milhões ao ano”, finaliza.

O agente de investigação da Polícia Federal de Guajará-Mirim, Eliel Martins, explica como o esquema foi descoberto. “No anos de 2014 e 2015 nós fizemos diversas operações e em todas elas foi observado que determinadas empresas eram usadas como instrumento de crime. Ao longo de 2016, resolvemos ir aos endereços de cada empresa que estava ativa em Guajará-Mirim. Descobrimos que grande partes delas não existiam e no final dessas investigações as pessoas responsáveis por essas empresas poderão responder por lavagem de dinheiro, sonegação fiscal tributária e associação criminosa”, explica Eliel.

Sobre as empresas que contratavam os serviços ou compravam os produtos das empresas investigadas, Eliel informa que “no primeiro momento as empresas que estão sob a nossa ótica são essas empresas baixadas, ai depois vamos desencadear outras ações”.


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