Rondônia, 04 de maio de 2024
Geral

Júri condena dois e absolve um no caso Naiara

Dois dos acusados pelo assassinato da estudante Naiara Karine da Costa, crime ocorrido em janeiro de 2013, foram condenados pelo Primeiro Tribunal do Júri de Porto Velho, no início da madrugada deste domingo. Richardson Mamede teve pena de 14 anos e Francisco Plácido a 9 nove anos de prisão. Já o acusado Wagner Strogulski de Souza foi considerado inocente. O próprio Ministério Público pediu a absolvição de Wagner em razão da falta de provas e da clareza dos esclarecimentos durante a fase de depoimentos.

O julgamento demorou mais de 40 horas. Com a decisão, agora já são três os condenados pela morte da jovem estudante.

Momentos finais

No sábado, os jurados assistiram o vídeo de 24 segundos, extraído do celular da vítima, que demonstra parte da violência sexual sofrida por Karine. O vídeo é a prova da qual a polícia partiu para a identificação dos acusados.

  A acusação iniciou destacando detalhes do processo, utilizando como recursos trechos do inquérito, fotos e vídeo, como a sessão de reconhecimento dos acusados por Marco Antônio, réu confesso, já condenado, que acabou apontando os demais participantes do crime. O promotor Elias Chaquian Filho chamou atenção para o comportamento dos acusados durante os interrogatórios, todos emocionados quando falavam dos familiares e das supostas injustiças sofridas ao longo do inquérito. Segundo ele, seriam técnicas descritas em livro para impressionar os jurados.

  Os assistentes de acusação alertaram para a credibilidade do depoimento de Marco Antônio, que apesar de algumas contradições, são no conjunto contundentes e comprováveis com uma série de elementos indiscutíveis. Destacaram ainda que fato de ser um réu confesso, que sequer conhecia os demais acusados, não teria motivo para prejudicá-los, já que ele próprio admitiu a culpa. Pontuaram ainda as reais participações de cada um Richardison acusado de estupro e assassinato, Wagner de estupro e Plácido ter concorrido para os dois crimes.

A defesa, ao contrário, se valeu das contradições de Marco Antônio para argumentar a descrétido de sua narrativa. Alegou que o delator seria envolvidos com drogas e que na verdade seria o único autor da violência contra Naiara. Além disso, contesta as provas produzidas pela polícia civil e federal, sobretudo os laudos que positivam a digital de Richardison no vídeo.

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