Justiça define nova data para o júri do caso Chico Pernambuco
A 1ª Vara do Tribunal do Júri da comarca de Porto Velho definiu nova data para a segunda sessão de julgamento do caso Chico Pernambuco. Serão julgados nos dias 19 e 20 de junho de 2018 os acusados Henrique Ribeiro de Oliveira, Diego Nagata Conceição e Marcos Ventura Brito, que são acusados de envolvimento na morte do ex-prefeito de Candeias do Jamari. Os dois são acusados de serem os mandantes do crime.
Na primeira sessão de julgamento, ocorrida nos dias 5 e 6 de março, foram ouvidas 9 testemunhas e interrogados os três réus, que foram considerados culpados pelo conselho de sentença. Segundo a juíza Juliana Brandão, a mesma estrutura utilizada no primeiro júri será garantida na segunda versão.
Vinte e quatro pessoas foram convocadas como possíveis jurados para o julgamento, sendo que sete estavam impedidos em razão de já terem participado do júri dos 3 primeiros réus. Com as dispensas e impedimentos não foi possível fechar o número de sete jurados.
Na primeira sessão de julgamento, ocorrida nos dias 5 e 6 de março, foram ouvidas 9 testemunhas e interrogados os três réus, que foram considerados culpados pelo conselho de sentença. Segundo a juíza Juliana Brandão, a mesma estrutura utilizada no primeiro júri será garantida na segunda versão.
Entenda o crime
O ex-prefeito do município de Candeias do Jamari foi morto a tiros no dia 18 de março de 2017, quando chegava em casa. Ele estava dentro do próprio carro quando levou os tiros de pistola, atingindo o peito e o rosto.
Consta na sentença de pronúncia, que atos administrativos do ex-prefeito desagradaram Katsumi Yuji (suposto mandante), o qual prestou apoio financeiro para campanha de Chico Permambuco. Por isso, mediante promessa de pagamento, juntou-se a Marcos Ventura, o qual, por sua vez, contratou os demais acusados. Assim, mandante, executores e demais participantes realizaram diversas reuniões, planejando estratégias para matar Chico Pernambuco.
Embora todos tenham alegado inocência, segundo a sentença de pronúncia, existem indícios da participação de todos. Segundo apurado nas investigações, Katsumi Yuji teria se juntado a seu ex-cunhado, Marcos Ventura, que se responsabilizaria pela contratação dos indivíduos, aquisição de carro e arma para execução do crime. Henrique teria sido contrato para matar o ex-prefeito, porém o plano foi abortado, mas ele teria participado das reuniões de planejamento; Wilian teria sido o responsável pelo aluguel do veículo para o ato criminoso; a participação de Diego seria como batedor do grupo de Porto Velho para Candeias do Jamari como vigilante de blitz policial; Wellison teria desempenhado papel fundamental, uma vez que teria ficado nas imediações da residência da vítima, assegurando condições para execução do crime, e Talisso seria o executor.
Condenações
Talisso recebeu a pena de 15 anos de reclusão. Foi ele quem disparou contra Chico Pernambuco, causando-lhe sua morte. A mulher que estava ao lado do prefeito, Bruna Blackman Mota, teve a perna atingida por um dos disparos. “Pessoa que prontamente atendeu ao convite para ser o impiedoso executor da vítima”, destacou a magistrada na sentença sobre a culpabilidade de Talisso.
Já Wellyson, confessou, ainda em fase de inquérito policial, ter conduzido a motocicleta usada no crime, a qual ajudou a incendiar com a finalidade de dar fim ao veículo que poderia ser prova do crime. Ele foi condenado à pena de 14 anos de reclusão.
William foi condenado a 14 anos e 6 meses de reclusão. Segundo as investigações, ele foi responsável por ter alugado o veículo para auxiliar na operação criminosa. Além disso, conduziu o carro até Candeias, transportou Talisso e os combustíveis para incendiar a motocicleta.
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