Justiça retira o poder familiar de criança acorrentada em Porto Velho; pai deve ficar afastado da vítima
Atendendo ao pedido do Ministério Público de Rondônia, a justiça deferiu o pedido de suspensão do poder familiar da criança de 10 anos encontrada acorrentada dentro de uma residência, localizada no Bairro São Sebastião, zona norte de Porto Velho.
Ao RONDONIAGORA, o MP informou que o pedido feito pela promotora de Justiça Lisandra Vanneska Monteiro, foi aceito e fica suspenso liminarmente o pátrio poder do pai da criança. Com a decisão, também fica suspends a visita à criança, na casa de apoio ela já está.
A promotora informou que a instituição vai acompanhar de perto o plano individual de acolhimento da criança, traçando estratégias para que ela seja colocada em família substituta ou reintegrada a algum dos familiares.
O pai do menino, e a madrasta, tiveram a prisão preventiva decretada pela justiça e seguem presos deste o dia em que o caso foi registrado pela Polícia Militar.
O caso
A PM foi chamada após um funcionário da Energisa, testemunhar o crime e acionar as autoridades. Pai e a madrasta da vítima foram presos.
O funcionário da Energisa informou à Polícia que estava realizando o corte de energia em uma residência próxima quando uma criança saiu da casa e pediu ajuda, relatando que seu colega estava preso acorrentado e passava fome. O trabalhador relatou ao supervisor, que entrou na propriedade e encontrou a vítima acorrentada a uma janela, debilitado, magro e com lesões na perna esquerda, indicando queimaduras.
Rapidamente, uma equipe da Polícia Militar foi acionada. Chegando no imóvel, os policiais conseguiram entrar e soltaram a criança.
Como o menino estava bastante debilitado, com fome, com marcas de agressão e queimadura pelo corpo, os policiais imediatamente o socorreram até a Policlínica Ana Adelaide.
A PM conseguiu contato com um irmão mais velho, e ele detalhou que acorrentou a criança a mando do pai.
Os policiais descobriram onde a madrasta da vítima trabalhava e foram até o local. Questionada, ela afirmou que não tinha nenhuma responsabilidade com a criança, mesmo morando na mesma casa.
As diligências continuaram, e os policiais seguiram até o trabalho do pai. Ao ser informado da situação em que o filho dele se encontrava, o homem disse apenas que saiu de casa para trabalhar logo no início da manhã, deixando seu filho mais velho responsável pela vítima.
Durante a confecção da ocorrência, o irmão mais velho da criança, relatou que as condições em que o menino foi encontrado, foi mediante ordem do seu pai e ciência da madrasta, que moravam na mesma casa.
Aos policiais, a vítima disse ainda, que estava acorrentado há três dias.
Veja Também
Jornal Nacional destaca trabalho da Marquise ambiental no Ceará
Comissão Eleitoral está recebendo inscrições de chapas para eleições no Sindeprof