Rondônia, 09 de maio de 2024
Geral

Mais de 500 instrumentos monitoram Usina de Santo, dizem dirigentes a juiz federal

A Usina Hidrelétrica de Santo Antônio não tem, em seus quase três quilômetros de barragem, nenhuma fissura ou rachadura. A segurança no empreendimento é total. Porto Velho não corre nenhum risco de tsunami.


O gerente de Engenharia da Santo Antônio Energia, Delfino Gambetti, considerou até compreensível a preocupação da população, em face do ineditismo da situação. “Coisa semelhante aconteceu anteriormente em outras cidades onde também foram construídas usinas. O reprovável, entretanto, é o alarmismo desnecessário”.

De maneira enfática, os representantes da Santo Antônio Energia esclareceram as dúvidas do magistrado e de sua equipe de assessores, uma vez que a Justiça Federal está com parte de seu terreno ocupado pelas águas do Madeira, e vem se estruturando para poder continuar funcionando e atendendo a população mesmo que o nível da alagação alcance 18,40 metros. “Precisávamos, enquanto instituição, de uma informação oficial”, explicou o juiz.

O gerente de Engenharia da Santo Antônio Energia, Delfino Gambetti, considerou até compreensível a preocupação da população, em face do ineditismo da situação. “Coisa semelhante aconteceu anteriormente em outras cidades onde também foram construídas usinas. O reprovável, entretanto, é o alarmismo desnecessário”.

Para o especialista, a obra, um investimento de R$ 15 bilhões de reais, obedece a parâmetros mundiais de segurança e o pânico que se pretendeu divulgar “não tem qualquer fundamento técnico”. Por sua vez, o diretor de Sustentabilidade, Carlos Hugo, destacou que são mais de 500 instrumentos que monitoram diuturnamente todos os setores e dão informações em tempo real. “Se a barragem mexer meio milímetro a gente fica sabendo”.

Ele demonstrou que o conceito da usina – a fio d’água – não permite armazenagem de grandes volumes. Por isso, toda a água que chega é liberada, “pois se fosse armazenada inundaríamos tudo”. “A cheia em Porto Velho é um fenômeno da natureza, e aconteceria mesmo que a usina não tivesse sido construída”, reforçou. “A obra não alterou a cota, a velocidade e o curso do rio”, frisou. “O vertedouro é dimensionado para uma vazão de 10 mil anos, num cálculo teórico, e temos agora uma vazão estimada, historicamente, de 50 anos”.

O gerente de Operações e Manutenção, Amauri Alvarez, com base em informações obtidas com relação às chuvas nos rios Beni e Madre de Dios, na Bolívia e Peru, respectivamente, apresentou uma previsão de que nos próximos dois dias o nível do rio Madeira poderá subir mais 25 centímetros (estava em 17,86 m), mas a partir de segunda-feira a tendência é estabilizar e diminuir, em seguida.

A equipe da Santo Antônio Energia admitiu, tão-somente, que em Jacy-Paraná, na época do verão amazônico, será necessário altear o nível do campo de futebol, da praça e de algumas casas “que ficaram um pouco abaixo do que é para ser”. Os técnicos da empresa lembraram, também, que não há nenhum problema entre Santo Antônio e Jirau no que diz respeito às respectivas cotas máximas do nível de água. “Nossas comportas nunca ficam totalmente fechadas, pois precisamos da vazão de água constantemente, que, obviamente, é a matéria-prima para geração de energia elétrica”, enfatizou Gambetti.

Atualmente a vazão está em torno de 51 mil metros cúbicos de água por segundo, mas deverá ficar abaixo de 47 mil na próxima semana. No período de seca estima-se algo em torno de 36 mil metros cúbicos de água por segundo, quando, então, a empresa pretender ser autorizada pela ANAEEL e pelo IBAMA a manter seu reservatório na altura de 71,30 metros (hoje, próximo de 70,50 metros).

Participou também do encontro o jornalista José Carlos de Sá, coordenador de Relações Institucionais da Santo Antônio Energia.

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