Mais de duzentas famílias do assentamento Joana D'arc estão acampadas no INCRA e exigem uma solução
Desde a tarde da última sexta-feira (28) aproximadamente duzentas e cinquenta famílias de agricultores do assentamento Joana D′arc estão acampadas dentro das instalações do INCRA em Porto Velho, cobrando uma resposta à pauta de reivindicações protocolada no último dia 26 de fevereiro, na superintendência do órgão. Os agricultores reivindicam o retorno do pagamento da ajuda de custo no valor de R$ 874,12 para as 286 famílias cadastradas e que esse pagamento continue até que a situação seja resolvida definitivamente; e que o processo de solução seja conduzido pelo INCRA com a participação de representantes do Joana D′arc e do sindicato; além de acompanhamento dos Ministérios Público Federal e Estadual.
A principal reivindicação das famílias acampadas é a de que o INCRA, que já tinha destinado cerca de R$ 24 milhões para um novo assentamento, viabilize recursos para indenizar todas as 286 famílias. Para viabilizar esta e as demais reivindicações, os agricultores estão exigindo uma nova reunião em Brasília, com todos os órgãos competentes, as lideranças do Joana D′arc e a Santo Antônio Energia S/A para um acordo final sobre esta questão. Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (31) na superintendência do INCRA, com a participação de representantes da OAB, CUT, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR), lideranças do Joana D′arc e o coordenador da Defesa Civil da Capital, foi oferecido alojamento nos abrigos construídos para os atingidos de cheia do Rio Madeira.
Durante a reunião foi informado pelo coordenador da Defesa Civil, coronel José Pimentel, que já foi feito um levantamento no Joana D′arc e identificadas aproximadamente 40 famílias em áreas de grande risco, as quais serão removidas ainda esta semana. O superintendente do INCRA Flávio Ribeiro informou que estará viajando à Brasília ainda nesta segunda-feira, para levar as reivindicações dos acampados e para solicitar a reunião exigida pelos agricultores. Após o fim da reunião, as lideranças fizeram uma assembléia com todas as famílias acampadas, relataram o resultado desta primeira negociação e apresentaram a oferta de abrigo feita pela Defesa Civil, mas opor unanimidade os agricultores rejeitaram e decidiram permanecer acampados dentro do INCRA.
No documento protocolado no dia 26/02 as lideranças do Joana D′arc relatam "que devido à demora a situação se assemelha a uma calamidade pública, onde todos perderam tudo o que tinham como plantios de banana, macacheira, café, fruteiras diversas, e inclusive o pasto, pois as criações começam a morrer de fome e frio em decorrência das águas represadas em função do consórcio. E em vista de tudo isso que o INCRA, em conjunto com a Santo Antônio Energia S/A pague em pecúnia a indenização a todas as 286 famílias atingidas, e que de uma vez por todas acabe com o impasse e o sofrimento destas famílias".
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