Rondônia, 15 de outubro de 2024
Geral

Médicos podem deixar de atender policlínicas por falta de segurança

Policlínicas e postos de saúde, em Porto Velho, podem ficar sem atendimento médico durante o período da noite. O alerta é feito pelo médico José Hiran Gallo – conselheiro federal e diretor-tesoureiro do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo ele, a medida visa resguardar a integridade física dos profissionais da saúde e dos pacientes.


Hiran Gallo lamentou que a população tenha que pagar pela falta de estrutura nos centros médico e pediu providências da Secretaria de Segurança Pública do Estado. “É inconcebível que a comunidade tenha que ficar sem atendimento médico. Os poderes executivos municipal e estadual têm que dar a mínima condição para que a população seja atendida com segurança e dignidade”, salientou.

A diretora da policlínica, Maria Rita Soares, disse que o médico que atendia os presos só não foi atingido durante a troca de tiros entre bandidos e agentes penitenciários porque, segundos antes, foi solicitado à sala de emergência. “Se o tiroteio tivesse ocorrido durante o dia, médicos, funcionários e pacientes teriam sido baleados”, alerta. A tentativa de resgate dos presos aconteceu por volta das11h de domingo (11/04).

Hiran Gallo lamentou que a população tenha que pagar pela falta de estrutura nos centros médico e pediu providências da Secretaria de Segurança Pública do Estado. “É inconcebível que a comunidade tenha que ficar sem atendimento médico. Os poderes executivos municipal e estadual têm que dar a mínima condição para que a população seja atendida com segurança e dignidade”, salientou.

Representantes do Cremero e dos demais órgãos representantes de servidores da saúde se reunirão com autoridades ainda nesta segunda-feira (12/04) para debater o problema de segurança durante atendimento nas policlínicas. O conselheiro do Cremero lembra que a questão da segurança nos postos de saúde e nas policlínicas é antiga. “Há muito tempo que o Conselho Regional de Medicina vem anotando ocorrência de violência contra médicos e cobrando providências do Poder Público, sem que nenhuma providência te nhá sido tomada”, afirma Gallo, lembrando que já ocorreram tentativas de agressão a médicos em outras policlínicas.

O secretário-adjunto de saúde do Município, Luiz Eduardo Maiorquim, diz que há possibilidade de se fixar posto policial dentro das unidades. Mas fez uma ressalva quanto ao atendimento a presos nas unidades de saúde públicas. Para ele os presos devem ser atendidos no setor de enfermagem dos presídios.

Sobre a violência nos postos de saúde, sobre tudo nos das zonas leste e sul da Capital, o médico Hiran Gallo disse que há um histórico de violência nas unidades de saúde e que a Secretaria de Segurança do Estado não tem condições de dar segurança aos funcionários da saúde. “Há casos em que médicos são espancados e até ameaçados de morte por pacientes, isso é inconcebível. O Cremero não permitirá que os profissionais da saúde trabalhem sob essas condições”, acentuou.

Hiran ironizou a declaração do secretário-adjunto da Secretaria de Justiça de que os presos devem ter prioridade no atendimento. “Só posso interpretar essa afirmação como vinda de alguém que perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Se a população trabalhadora e ordeira que paga uma carga escorchante de impostos não tem atendimento prioritário, porque a unidades de saúde haveria de dispensar esse atendimento aos apenados”, questiona o médico. Para Hiran Gallo, os apenados devem ser atendidos dentro das enfermarias dos presídios. “Está faltando é competência a essa gente”, reitera.

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