Melki diz que vai denunciar promotores na Corregedoria do MP
Como já era esperado, os promotores Paulo Lermen e Elício de Almeida não compareceram ao debate marcado pelo ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon (PMDB) na manhã desta quarta-feira na sede do PMDB. Melki chegou ao local 6h30 e as oito deu entrevista à imprensa, lamentando a ausência dos promotores. "Eles são homens públicos e homens públicos devem dar satisfação de seus atos à comunidade", disse.
Resguardando a importância da instituição, Donadon disse que os dois promotores descumprem a lei, citando a enxurrada de ações que eles movem contra ele nesse período pré-eleitoral. Citou a condenação pedida pelo MP para que ele não freqüentasse órgãos públicos em Vilhena, medida que durou quase sete meses, derrubada no Supremo, que considerou a punição inexistente no código de processo civil. "É uma ditadura contra mim", desabafou o ex-prefeito.
Melki disse que espera da Corregedoria do Ministério Público providências sobre o que ocorre em Vilhena. Segundo ele, os dois promotores o perseguem pessoal e politicamente e este não é o papel da instituição, que presta um grande serviço à sociedade. Ele lembrou que Elício move ações contra ele desde quando era prefeito de Colorado do Oeste, todas devidamente arquivadas por se tratar de acusações infundadas. Recordou também que quando foi candidato pela primeira vez em Vilhena respondeu 26 ações civis públicas. "Espero que a Corregedoria do Ministério Público me convoque para que eu possa provar que os dois promotores descumprem a lei. Irei ao Conselho Nacional do Ministério Público e aonde mais for preciso para defender meus direitos de cidadão. Moro a 32 anos na região, tenho 20 anos de vida pública, nunca tive contas rejeitadas, procuro fazer o melhor para a minha comunidade, mas a perseguição é muito grande".
O ex-prefeito disse que o PMDB vai entrar com um pedido para que o promotor Paulo Lermen seja afastado do Ministério Público Eleitoral nas eleições municipais em Vilhena. Ele lembrou que na eleição municipal passada no dia da votação o promotor por pouco não inviabilizou a eleição, induzindo o juiz a dar uma liminar e fazendo publicar em toda a imprensa local que quem votasse no número 15 teria o voto invalidado, mesmo com todos os procedimentos legais. E ainda foi nos pontos de votação, acompanhado da Polícia Militar, dizer pessoalmente aos eleitores que o voto no número 15 não seria validado. Somente por volta do meio-dia, segundo, ele, é que a medida caiu em instância superior. "É um precedente grave. Novamente ele estará à frente das eleições municipais deste ano," disse Melki.
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