MESMO APÓS STF MANDAR SUSPENDER RETENÇÕES DA UNIÃO PELA DÍVIDA DO BERON, ESTADO AINDA PERDEU MAIS DE R$ 6 MILHÕES

Na última semana a União e o Banco Central apresentara, contestação, alegando que se permanecer a decisão da retenção, a dívida se elevará com consequentes juros, além de que o Estado já vem recebendo apoio para enchentes em valores até maio que superaram os R$ 8 milhões, linhas de crédito do Banco do Brasil foram colocadas à disposição também. Ainda segundo, a União duvida que a retenção atrapalhe a vida financeira do Estado. Há de se ressaltar, ainda, que o valor da prestação mensal devida pelo Estado de Rondônia corresponde a somente 4,10% da Receita Líquida Real do Estado, sendo que a Lei 9.496/97 estabelece a possibilidade de comprometimento de até 13%. Dessa forma, não pode o Estado de Rondônia alegar que os valores mensais pagos à União comprometem a sua gestão fiscal, e nem mesmo que esta seria favorecida pelo inadimplemento pleiteado, se considerados todos os valores disponibilizados pelo Governo Federal para o enfrentamento da situação de calamidade.
Mas não é só. Segundo a defesa, o Ministério da Fazenda fez uma análise do impacto que o não pagamento da dívida causaria ao futuro Governo e chegou ao montante de R$ 180 milhões por ano mais juros, somente com as retenções imediatas. Conforme observado pela Secretaria do Tesouro Nacional na Nota n° 119/2014 COAFI/SURIN/STN/MF-DF, a manutenção da suspensão deferida irá implicar a constituição de pendência da ordem de R$ 182.000.000,00 (cento e oitenta e dois milhões de reais) ao ano (em valores de julho de 2014), mais encargos por inadimplemento, transferindo pesado esforço fiscal para a proxima administração.
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