Rondônia, 07 de novembro de 2024
Geral

Moreira Mendes defende intervenção do Estado na crise do leite

O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) - que está percorrendo todos os municípios rondonienses por ocasião da campanha eleitoral - disse que vê com muita preocupação a crise que atinge os produtores de leite do estado, principalmente por eles serem os mais prejudicados com a greve, liderada pela Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetagro). Segundo o deputado, é preciso construir uma solução negociada para o impasse, com a participação dos produtores de leite, dos donos de laticínios e até do Governo Estadual. “O momento exige um pouco de cautela, de bom-senso. É preciso que todos se sentem à mesa para encontrar uma solução negociada, para encontrar o melhor caminho”, defendeu.
De acordo com o deputado, a maior responsabilidade na solução da crise recai justamente sobre os donos de laticínios. “Os industriais é que têm que pagar um pouco melhor. Ainda que não seja o (valor) histórico que vinham pagando, que seja pelo menos algo que permita ao produtor cumprir com os seus compromissos”, frisou. Moreira ressalva, no entanto, que todas as partes envolvidas têm sua parcela de responsabilidade, e que é preciso que cada uma ceda um pouco, inclusive o Governo do Estado. “É preciso que o Governo do Estado também entre nesta negociação de alguma forma, participando e cedendo em algum lugar, de forma a minimizar os prejuízos aos produtores, que já cederam muito e estão com um prejuízo sem tamanho”.
Moreira Mendes lembra que o problema do baixo preço pago pelo leite atinge os produtores de leite de todo o País, e não só os de Rondônia. “É uma questão nacional. Houve uma queda nos preços nesse período de seca, de entressafra, e a média nacional chegou por volta de 4%. Estranhamente em Rondônia a queda chega a uma média de 16%. Não sei se tem explicação para isso. Nem sei se a greve é o caminho adequado para se conseguir alguma coisa que reverta este quadro”, assinalou.
O deputado lembra, ainda, que o Governo do Estado incentivou muito a produção de leite em Rondônia através do projeto Inseminar, e que os produtores se endividaram, adquirindo equipamentos, tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras mecânicas para se adequar às exigências da Instrução Normativa 51 (do Ministério da Agricultura). “Esse pessoal está endividado, precisa pagar suas contas, e só tem a produção de leite. Na medida em que você diminui o valor pago, desestimula a produção, e todo o esforço feito pelo Governo do Estado, pelo Governo Federal e pelas Associações de Produtores vai por água abaixo”, lamentou.

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