Rondônia, 04 de maio de 2024
Geral

Morte de criança acelera CPI da Caerd

Complica-se a gestão da presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), Iacira Rodrigues Azamor, com a morte do garoto Kauan Miakel Avelino Silva, 8, ocorrido na quarta-feira, 21, no Bairro São Bernardo em Ji-Paraná. O menino se afogou em uma poça de água criada em um buraco aberto há três dias pela empresa. Embora a Caerd tenha arcado com os custos do funeral, a Agência Reguladora de Serviços Públicos da Prefeitura (AGERJI) acusou a companhia de “negligência e imprudência” no episódio. A família ficou em estado de choque e não quis falar sobre o assunto.



Para os deputados estaduais, no caso de Ji-Paraná houve negligência porque a empresa tinha a obrigação de sinalizar o local para evitar acidentes. O buraco cheio de água estava aberto desde a segunda-feira, 19, e a companhia não tinha previsão para concluir os serviços.

Nesta semana o deputado estadual Luizinho Goebel (PV-Vilhena) não pôde apresentar o requerimento por causa dos compromissos assumidos no interior. “Mas essa semana não passa. Vamos investigar a Caerd. A empresa não tem investimentos e diz que está falida, mas contrata dezenas de pessoas comissionadas”, disse o deputado Luizinho Goebel. O deputado Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná) lamentou a morte do garoto e também concordou em abrir uma investigação na Caerd.

Para os deputados estaduais, no caso de Ji-Paraná houve negligência porque a empresa tinha a obrigação de sinalizar o local para evitar acidentes. O buraco cheio de água estava aberto desde a segunda-feira, 19, e a companhia não tinha previsão para concluir os serviços.

Companhia não respeitou regras municipais

Para o presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Ji-Paraná (AGERJI), Cledson Viana Alves, a Caerd não respeitou as regras municipais sobre obras públicas. Segundo ele, todos os serviços que ultrapassarem de um dia para o outro, os locais precisam ser sinalizados para evitar acidentes. “Nesse caso, não existia sinalização alguma”, explicou Cledson. “Após ouvir alguns dos servidores envolvidos na situação, informalmente, chegamos a uma conclusão preliminar de que houve negligência e imprudência da CAERD quando, ao terminar os serviços na noite de 19 de maio de 2014, não providenciou a sinalização do local. Ressaltamos que sempre foi determinação e exigência desta AGERJI que, todos os serviços que ultrapassem de um dia para outro têm que ser sinalizados e esta regra foi desobedecida, no caso em tela”, diz trecho da Nota Oficial emitida pela agência no dia seguinte ao acidente. No mesmo dia, a presidente da Caerd, Iacira Azamor, publicou nota nos veículos de comunicação lamentando a morte da criança e se colocando a disposição para pagar os custos do funeral.

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