Motoristas e cobradores de ônibus encerram greve em Porto Velho
A greve dos motoristas e cobradores de transporte coletivo de Porto Velho foi encerrada na madrugada desta terça-feira (27) e o serviço voltou a ser prestado 100% na capital rondoniense. Segundo o Sitetuperon, a decisão foi tomada após a categoria entrar em um acordo com o prefeito Hildon Chaves, vereadores e representantes de taxistas, em reunião realizada no fim de segunda-feira.
“Nós chegamos a um consenso na reunião com o prefeito, vereadores e representantes dos taxistas. Hoje, as 4 horas fizemos uma assembleia com todos os vereadores na porta da garagem e às 4h30, todos os ônibus voltaram a circular”, diz Francilei Oliveira, presidente do Sitetuperon.
Os motoristas e cobradores de ônibus entraram em greve na manhã de segunda-feira para protestar contra a regulamentação do táxi compartilhado na cidade, além de exigir a proibição de que taxistas peguem motoristas em paradas e corredores exclusivos para o transporte público coletivo. “O entendimento ao qual chegamos é que a partir de agora, os taxistas têm 90 dia para a transição para aplicativo, além de serem obrigados a respeitar a decisão da Justiça que não pegar passageiros em corredor de ônibus. Porque a modalidade compartilhado não existe em lugar nenhum. O serviço do taxista é individual”, afirma.
Antes da decisão da categoria de retornar ao trabalho, o presidente do TRT da 14ª Região, Shikou Sadahiro, determinou que o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Urbano (Sitetuperon) e o Consórcio do Sistema Integrado (SIM), garantissem o funcionamento de pelo menos 80% do serviço de transporte coletivo em Porto Velho, paralisado totalmente nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia, para o SIM e o Sitetuperon, bem como a multa de R$ 10 mil por ônibus.
Antes mesmo de conversar com representantes dos trabalhadores, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) acusou diretamente o consórcio SIM de manipular os trabalhadores do transporte coletivo de Porto Velho com claros interesses de pressionar a Prefeitura a garantir reajuste na tarifa e ainda tumultuar o processo de licitação para o transporte público, ainda em estudos. O prefeito garantiu ainda que “não vai tolerar aumento de passagem de ônibus, muito menos para mais de R$ 6,00, em razão, principalmente, da precariedade do serviço que vem sendo prestado pelo Consórcio que ai está”.
O Consórcio SIM também se manifestou e disse que “reconhecendo a essencialidade do serviço, manifesta ser totalmente contrário ao movimento, tanto que tomou as medidas judiciais cabíveis requerendo o fim do movimento, ante a insistência do sindicato da categoria em manter a paralisação. Com esta medida, espera o Consórcio SIM, que seja determinado a imediato retorno do serviço.”
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