Motoristas e moradores reclamam de lama, buracos e prejuízos na Estrada do Belmont
Moradores e comerciantes que residem na Estrada do Belmont, localizada no Bairro Nacional, na Zona Norte de Porto Velho, estão sofrendo com a estrada em situação precária. Buracos fundos e muita lama são as principais queixas também de motorista que trafegam pela via. Comerciantes antigos da localidade foram obrigados a fecharem as portas por causa da queda nas vendas.
É o caso de Zeli Rodrigues, de 58 anos, que era proprietária de um comércio que funcionava há mais de 30 anos, mas por causa da queda no movimento teve que fechar as portas. “Meu comércio era bastante movimentado e era daqui que eu tirava meu sustento e dos meus filhos que eu ajudava. Há quatro anos, eu tive que fechar as portas porque os clientes não conseguiam chegar até meu comércio por causa da estrada que está péssima. Hoje, eu passo necessidade e vivo de ajuda dos meus filhos porque não tenho mais condições de me sustentar. Tudo que eu tinha, eu perdi por causa das péssimas condições da estrada”, desabafa a moradora.
O empresário Valdeci Campos reclama dos prejuízos que tem tido com as péssimas condições da estrada. “Infelizmente eu tenho que passar todo dia por aqui porque não tenho outra opção e minha camioneta quebrou por causa dos buracos que a estrada tem. Essa não é a primeira vez que a estrada está nessas condições e causando prejuízos pra quem passar por aqui, mas está pior. Espero que as autoridades façam alguma coisa pra resolver esse problema”, reclama.
Com o carro quebrado, o agricultor Diolindo da Silva, de 60 anos, está tendo dificuldades para vender seus produtos que planta em sua chácara. “O único carro que eu tinha para levar minhas mercadorias para vender na cidade infelizmente quebrou após eu cair dentro de um buraco no meio da estrada. Ainda não calculei meu prejuízo, mas garanto que não é pequeno porque eu vivo de vender meus produtos e com a estrada péssima e sem carro tudo fica mais difícil pra mim”, lamenta.
Por telefone, o diretor do Departamento Estadual de Estradas de Rodagens (DER), Ezequiel Neiva, garante que os servidores do órgão começaram, na tarde desta segunda-feira (26), um serviço paliativo de tapa-buracos. “Apesar de estarmos fazendo esse paliativo, temos um projeto para asfaltar a via. Nesta terça-feira, uma empresa que nós contratamos vai começar a construir um muro de contenção onde está desbarrancando, para evitar mais riscos para quem utiliza o local”, garante Ezequiel, destacando que a obra deve custar cerca de R$ 2 milhões.
Ainda conforme o diretor, a via não é de responsabilidade do DER, mas por ser rota de acesso a vários portos, principalmente de combustíveis, o órgão está fazendo o serviço. “Temos que fazer alguma coisa. E para fazer o asfalto no local não é tão simples, por ser uma área muito úmida, com fluxo intenso, então, estamos tentando conseguir recurso, cerca de R$ 8 milhões, com o BNDES”, afirma.
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