Rondônia, 13 de dezembro de 2025
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Motoristas filiados à Uber fazem paralisação de três horas em Porto Velho

Centenas de motoristas filiados à Uber fazem uma manifestação nesta segunda-feira (30) em protesto ao projeto de lei que regulamenta o serviço de transporte privado individual, como os prestados pelos aplicativos que deve ser votado nesta terça-feira (31) em Brasília. Concentrados no Espaço Alternativo em Porto Velho, a categoria paralisa as atividades por três horas.

De acordo com o motorista João Neto, os trabalhadores querem a regulamentação o direito ao trabalho. “Hoje os senadores estão ouvindo apenas os taxistas, não ouvem o nosso lado. Até agora não chamaram um motorista de aplicativo para que ele venha expor o seu lado. Hoje aqui em Porto Velho, nós sustentamos lava à jato, oficinas mecânicas, auto elétricas, concessionárias de veículos e outros. Então, aonde que nós não estamos contribuindo? Pelo contrário, a gente está fomentando e muito a cidade. Os senadores precisam fazer com a que a população tenha um transporte de qualidade, mais barato, de excelência. Nós queremos regulamentar, somos todos pais de família”, diz o motorista.

Há dois meses filiado à Uber, Julião Silva, de 47 anos, diz que nenhum motorista filiado à empresa é pirata, pois existe uma lei federal que os ampara. “Estamos buscando nossos direitos, não tem nada irregular, porque a lei é federal. Agora, a gente não pode estar aqui alimentando um sistema. A Uber veio para beneficiar a população. Taxistas não pagam IPVA integral, não pagam carro integral e nós pagamos. A gente só quer trabalhar”, diz Julião Silva.

Adriana Sheron está há cinco meses trabalhando com o transporte de passageiro e também aderiu a manifestação. “A partir o momento em que regularizar vai tirar o medo. Mulher dirige com mais segurança, anda devagar e passa mais segurança para a passageira. A gente está aqui para ganhar o nosso pão de cada dia e não está roubando o pão de ninguém. A Uber tem um preço fixo, não tem como cobrar a mais e os que cobram a mais são banidos. Meu pai é mototaxista, eu falo pra ele ‘porque não deixa de ser mototáxi e vem pra Uber?’. E tem taxista que também já não vê mais vantagem em trabalhar como taxista”

José Domingos Santana está há quase quatro meses na atividade e cobra a regulamentação. “Comigo, no aeroporto, já tiraram o passageiro que estava entrando no meu carro, pegaram o passageiro pelo braço e puxaram. Para não arrumar mais confusão eu sai. Mas é um absurdo acharem que somos clandestinos. Não somos, a Uber está em todo lugar. Quando passageiro entra no carro ele diz ‘graça a Deus tem Uber’ porque é barato e prático. E passamos segurança. Nosso objetivo é fazer um trabalho diferenciado para o passageiro”, diz o motorista.

Conforme os motoristas, eles vão fazer uma carreata por algumas ruas de Porto Velho.

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