MPF APURA DESTRUIÇÃO DE ARQUIVOS E REFORÇA NA JUSTIÇA FEDERAL PEDIDOS PARA MANTER ROBERTO LONGE DA PREFEITURA

Todos os procuradores da República em Rondônia assinam petição à Justiça Federal para que mantenha o afastamento do cargo do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho e todas as autoridades e servidores denunciados e presos nesta quinta-feira durante as operações Vórtice e Endemia. Isso garantia o fim da impunidade de Roberto, afirma o procurador Reginaldo Trindade, uma vez que por se tratar de decisão no âmbito da Justiça do Estado, poderia ser derrubada nos próximos dias em instância superior (como a determinação foi de desembargador, somente o STJ tem competência para cassá-la). Ou seja, em seu entendimento, seria um esforço, através de ações de improbidade, em que também é possível a decretação de medidas restritivas.

Nesta sexta-feira (07), o Ministério Público Federal iniciou a operação Sempre MPF, para investigar a aplicação dos recursos da Secretaria Municipal de Obras e Projetos Especiais que é responsável por gerenciar os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. “Nós vamos além da operação Endemia, deflagrada ontem, que investigou irregularidades nas obras para combate à malária nos igarapés de Porto Velho. Segundo o MPF, pelo menos três pessoas estariam diretamente envolvidas no desvio de recursos públicos da Sempre: o ex-secretário Israel Xavier, preso ontem pela Polícia Federal, a adjunta, Silvana Cavol, considerada foragida pela Justiça, e, Valmir de Queiroz, chefe de fiscalização que foi preso também na quinta-feira na Paraíba.

Com a proximidade de uma devassa na Secretaria Municipal de Obras e Projetos Especiais, várias denúncias da destruição de provas chegaram até o MPF. “Um servidor denunciou que desde a segunda-feira, dia 03, houve a ‘queima’ de diversos arquivos como e-mails e planilhas. Mas já oficiamos a Polícia Federal e há como recuperar esse material que está em computadores apreendidos na operação Endemia. Mas já vou avisando aos envolvidos, parem de fazer isso, se não, todos serão presos, porquê isso é obstrução da Justiça”, encerrou Reginaldo Trindade.