MPF consegue na Justiça a destinação de R$ 535 mil para combate ao Coronavírus em Rondônia

Em Rondônia, o Ministério Público Federal (MPF) tem solicitado à Justiça Federal a destinação de prestações pecuniárias, multas e valores oriundos de colaboração e acordos penais para o combate à covid-19, doença desencadeada pela ação do novo coronavírus. Até o momento já foram destinados mais de R$ 535 mil.
Após pedido do MPF em Ji-Paraná, a Justiça Federal destinou R$ 140 mil para o combate ao coronavírus na região central de Rondônia. O dinheiro é referente a multas e outras penalidades aplicadas. O recurso será usado exclusivamente para o custeio de ações de contenção e mitigação do coronavírus. O dinheiro foi solicitado por órgãos sanitários e, por isso, o MPF se manifestou pela divisão equitativa entre os responsáveis pela prevenção e contenção do coronavírus nos municípios da região central de Rondônia, incluindo as comunidades indígenas que são especialmente vulneráveis nesse cenário.
O rateio foi proposto pelo MPF e deferido pela Justiça da seguinte forma: 50 mil reais para a Secretaria de Saúde de Ji-Paraná, em que o principal hospital é municipal, tem a maior população da subseção e atende à demanda de vários municípios vizinhos;R$ 50 mil para a Secretaria de Saúde do Estado, para que aplique em ações nos hospitais regionais de Cacoal e São Francisco do Guaporé; 20 mil reais para o Distrito Sanitário Indígena (Dsei) de Vilhena, que tem sede em Cacoal e atende à Casa de Apoio a Saúde do Índio (Casai) de Cacoal; R$ 20 mil para o Dsei de Porto Velho, que atende as comunidades indígenas mais ao norte e administra a Casai de Ji-Paraná.
Os valores serão transferidos para contas específicas na Caixa Econômica Federal em favor das entidades beneficiadas – secretarias de Saúde municipal e estadual, Dsei Vilhena e Dsei Porto Velho. A Justiça determinou que os órgãos sanitários devem prestar contadas no prazo de 180 dias a respeito do material adquirido com os valores liberados.
As instituições hospitalares incumbidas do enfrentamento da pandemia na região poderão usar o recurso para aquisição extraordinária de materiais médico-hospitalares (luvas, máscaras, capotes, equipamentos de proteção individual, exaustores, respiradores etc.).
EPIs - O MPF também atuou junto à 3ª Vara da Justiça Federal em Porto Velho e conseguiu a destinação de R$ 253.788,60 que foram pedidos pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) para a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais de hospitais públicos.
O dinheiro estava em duas contas judiciais e foram transferidos diretamente para a conta do fornecedor que apresentou o menor custo, segundo documentos apresentados pela Sesau à Justiça Federal. Os recursos das contas judiciais eram de penas de prestação pecuniária, transação penal e suspensão condicional e valores recuperados em acordo de colaboração premiada da Operação Epístolas.
O MPF também obteve junto à 7ª Vara da Justiça Federal em Porto Velho a disponibilização de R$ 141.329,10. Os valores foram solicitados pela Sesau, pelo Hospital Bom Pastor e pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Conselho Municipal de Saúde de Guajará-Mirim. Os pedidos estão em fase de apresentação de documentos pelos órgãos interessados.
Nacional - A destinação de prestações pecuniárias, multas e valores oriundos de colaboração e acordos penais para os órgãos sanitários é uma orientação nacional do MPF (Orientação Conjunta 01/2020) e está alinhada à Recomendação 60/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Veja Também
Com foco na segurança viária, governo de Rondônia promove curso de capacitação para mototaxistas
Prefeitura de Porto Velho decreta recesso administrativo entre 19 de dezembro e 4 de janeiro
Nova 364 presta 1,2 mil atendimentos na BR-364 na fase de testes