Rondônia, 26 de dezembro de 2024
Geral

Mulheres de Rondônia realizam ato contra o "PL do Estupro" neste sábado

|
da Assessoria

O Levante Feminista contra o feminicídio, transfeminicídio e lesbocídio de Rondônia, realiza neste sábado (15), às 17 horas no espaço Alternativo, um Ato contra a PL 1904/2024, considerada o Projeto de Lei do estupro de meninas e mulheres que entrou na pauta do Congresso em regime de urgência, equiparando o aborto em estágio de 22 semanas ao crime de homicídio, com uma pena de 20 anos para quem praticar o aborto, sejam meninas e mulheres e até o profissional de saúde poderá ser criminalizado. A pena para o crime, segundo o PL 1904 será maior do que a pena máxima para o estuprador que é de 10 anos no Brasil.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2022, 74.930 pessoas foram vítimas de estupros no Brasil, sendo que 88,7% eram do sexo feminino e cerca de 60% tinham até 13 anos de idade (crianças). De acordo com o DataSUS, em 2019 cerca de 70 gestações sofreram interrupções da gravidez legalmente, sendo que a maioria em crianças e adolescentes brasileiras com menos de 14 anos.

A Campanha Criança não é Mãe! Estuprador não é Pai, chama atenção para o retrocesso que o projeto de lei 1904/2024, pode causar caso seja aprovado, obrigando a criança ou a mulher a permanecer com a gravidez resultante de um estupro, causando sequelas psicológicas e até físicas com tal barbárie. Além disso, o referido Projeto fere com a dignidade humana de mulheres e meninas, incorrendo na suspensão e no retrocesso dos direitos sexuais e reprodutivos, garantidos por lei desde 1940.

De acordo com a ativista do Levante Feminista, Izabela Lima, a sociedade precisa debater não sobre quem é a favor ou contra o aborto, mas sobre as violações dos direitos humanos da criança e dos adolescentes, bem como o abuso e a violência que assolam as mulheres e meninas diariamente no seu cotidiano.  Risa, do Fórum Popular de mulheres afirma: “A sociedade precisa reconhecer que a discussão sobre o aborto não pode ser realizada apenas pelo viés da moral e da religião, pois é necessário que a sociedade vire a bússola dessa discussão para o universo da saúde pública humanizada e dos direitos humanos de mulheres e meninas na sociedade”.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Justiça determina cancelamento do mega réveillon no complexo da Madeira Mamoré

Fiscalizações no transporte de passageiros são intensificadas nos terminais rodoviários do estado

Sistema de monitoramento por câmeras em sinais de trânsito começa a funcionar na capital; veja locais

Fiscalização surpresa do TCE-RO constata falta de médicos no João Paulo II e raio-X sem funcionar em UPA