Rondônia, 03 de maio de 2024
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Nazif nega "vistas grossas" a obras irregulares do governo Confúcio em troca da indicação de vice

O prefeito Mauro Nazif (PSB) reuniu a imprensa na tarde desta quarta-feira, 15, para prestar esclarecimentos sobre a Operação Murídeos. O chefe do Executivo municipal é acusado pela Polícia Federal de impedir a fiscalização das obras de construção do Hospital de Urgência e Emergência (HUERO) e da escola Anísio Teixeira, ambas do governo do estado.


Mauro Nazif, segundo a Polícia Federal, teria utilizado a deficiência nos projetos das obras para barganhar a indicação de Daniel Pereira (PSB) como candidato a vice-governador na chapa de Confúcio Moura (PMDB). A moeda de troca seria fazer vistas grossas à fiscalização, permitindo a continuidade das obras irregulares.

“Não tem alvará de construção expedido pela Prefeitura, embora o Sr. Governador tenha assinado a Ordem de Serviço para início da obra”, diz trecho do relatório da Murídeos.

Mauro Nazif, segundo a Polícia Federal, teria utilizado a deficiência nos projetos das obras para barganhar a indicação de Daniel Pereira (PSB) como candidato a vice-governador na chapa de Confúcio Moura (PMDB). A moeda de troca seria fazer vistas grossas à fiscalização, permitindo a continuidade das obras irregulares.

“(...) há referências de que as obras licitadas pelo Estado e custeadas pelo BNDES, mas ainda não iniciadas, serão utilizadas como bandeira política na campanha de reeleição do Sr. Governador (sic), o que poderá, também, provocar repercussão criminal na seara eleitoral”, comenta o delegado no relatório.

A PF também concluiu que logo após a composição da chapa de Confúcio Moura com Daniel Pereira, a prefeitura deu imediata autorização informal para o prosseguimento da obra do hospital.

O prefeito de Porto Velho reafirmou que o município não expediu o alvará de licença das duas obras, mas nega ter praticado ingerência na fiscalização ou ter dado qualquer autorização.

“O antigo Código de Obras, de 1973, permitia que as obras fossem tocadas sem alvará até o término do alicerce”, defendeu-se Nazif.

Em relação as acusações que pesam sobre a realização de evento no final de 2014, o Show da Virada, o prefeito limitou-se a dizer que foi questionado da legalidade de prestação do serviço pela Associação Beneficiente Resgatando Vidas. O delegado também perguntou, segundo Nazif, da ligação da ONG com o partido PTdoB.

“Não querendo desmerecer ninguém, longe de mim, mas nem sei o nome do presidente do partido (PTdoB)”, disse o prefeito.

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