Geral NÍVEL DO MADEIRA DEIXA CAPITAL DESABASTECIDA
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Segundo estudos preliminares, a situação piorou após a abertura das comportas da Usina de Santo Antônio. “Quando ainda havia a Ilha do Padre, tínhamos uma lâmina d’água com oito metros de profundidade. Após a abertura das comportas da barragem, vimos a margem direita toda desbarrancar. Tanto que a Santo Antônio Energia começou a colocar pedras em toda a região para minimizar o problema”, afirmou Débora Reis.
Hoje, são 4 mil quilos por dia. A situação é caótica e, em 30 anos de operação da empresa, nunca tínhamos visto nada igual”, disse a diretora técnica e operacional da Caerd, Débora Reis.
Segundo estudos preliminares, a situação piorou após a abertura das comportas da Usina de Santo Antônio. “Quando ainda havia a Ilha do Padre, tínhamos uma lâmina d’água com oito metros de profundidade. Após a abertura das comportas da barragem, vimos a margem direita toda desbarrancar. Tanto que a Santo Antônio Energia começou a colocar pedras em toda a região para minimizar o problema”, afirmou Débora Reis.
A engenheira apontou que após a sedimentação na região do remanso de captação de água da Caerd, 70% do abastecimento da capital ficou comprometido. “A estação de Santo Antônio compreende a região Central, passando pela Jorge Teixeira indo até a Guaporé. Por conta disso, tivemos que fazer manobras no abastecimento, ou seja, um dia abastecíamos a zona mais alta, e em outro, a zona mais baixa da cidade”.
ENGANAÇÃO
Um relatório datado de 04 de agosto de 2008 e encaminhado pela Odebrecht à Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), com cópia para a Caerd, trata sobre a captação de água. Em um dos trechos, há parte da resolução número 56, da Agência Nacional de Águas (ANA), do dia 19 de dezembro de 2006, que aponta: “o abastecimento de água da cidade de Porto Velho e outras comunidades afetadas pelo reservatório, notadamente em Jaci-Paraná, não poderá ser interrompido em decorrência da implantação do empreendimento, em suas fases de construção e operação”.
A resolução da ANA também traz um parágrafo único onde afirma que “é de responsabilidade exclusiva do futuro titular da outorga todos os ônus, encargos e obrigações relacionadas à alteração, decorrente da implantação do empreendimento, das condições das outorgas emitidas pela ANA ou pelo órgão gestor de recursos hídricos estadual em vigor da data de início do enchimento, nos trechos de rio correspondentes à área a ser inundada e a jusante do empreendimento”. O que é mais impressionante no relatório assinado pelo diretor de contratos da empresa, José Bonifácio Pinto Júnior, é a garantia total que a Odebrecht dá ao governo do Estado que não haveria problemas no abastecimento de água. “Vimos,diante destas considerações, informar a esta SEPLAN que as obras da UHE Santo Antônio, não proporcionarão interferência na atual captação da CAERD, a qual atende o sistema de abastecimento de água de Porto Velho, em nenhuma de suas fases, execução e operação, não sendo necessário o remanejamento conforme prevê o projeto básico de ampliação e melhorias do sistema de abastecimento de água de Porto Velho”.
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