Nível do rio Madeira continua baixando e Defesa Civil Municipal recomenda uso essencial de água
A estiagem no Norte do Brasil continua intensa e agravando a crise hídrica a cada dia. Na segunda-feira (5), para se ter uma ideia, o nível do rio Madeira chegou a 2,08 metros, bem abaixo da média para este período do ano. Porém, conforme a Defesa Civil Municipal, o Madeira pode subir cerca de 30 centímetros nos próximos dias, por causa das chuvas no Rio Beni.
“Considerando as previsões que indicam período de seca prolongado, recomendamos o uso essencial de água e que as pessoas evitem qualquer tipo de desperdício”, comentou o coordenador da Defesa Civil Municipal, Elias Ribeiro de Barros.
Acrescentou que equipes continuam realizando visitas in loco nas comunidades ribeirinhas, verificando situações específicas em cada uma delas. Além disso, estão distribuindo hipoclorito de sódio para tratamento de poços, águas de nascentes ou de rios, tornando-as propícias ao consumo humano.
ÁGUA MINERAL
Eles também já estão trabalhando para que seja executado a partir da segunda quinzena de agosto, o cronograma de distribuição de água mineral em algumas comunidades, cujos ‘poços amazônicos’ não resistem e secam no período mais crítico da seca.
Outras localidades estão sendo contempladas com poços artesianos. “O cronograma de perfuração de poços artesianos está sendo executado, em fase de perfuração ou em processo de contratação desse serviço, com objetivo de aumentar o quantitativo de poços a serem perfurados e reduzir a escassez de água potável para as famílias”, afirmou Ribeiro.
NAVEGAÇÃO
Quanto às embarcações, o coordenador alerta que a navegação noturna no rio Madeira continua proibida e o transporte aquário segue com a capacidade reduzida, o que significa que o volume de carga transportada nesse período está sendo abaixo da média, para garantir a segurança na navegação.
Por outro lado, para a segurança das pessoas, a Defesa Civil Municipal não recomenda que banhistas frequentem as praias do Madeira, por causa do perigo de afogamentos e ataques de animais como jacarés, cobras e arraias, entre outros.
DIÁLOGOS
A Defesa Civil Municipal permanece unida e em constante diálogo com a Agência Nacional de Águas (ANA), Centro Gestor Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Defesa Civil Estadual e o Serviço Geológico do Brasil (SGB), obtendo informações e sugestões de enfrentamento à crise hídrica, extremamente úteis para o planejamento estratégico da gestão municipal.
Os encontros entre esses entes federativos acontecem semanalmente e o próximo está agendado para sexta-feira (9), sob a coordenação da Defesa Civil Estadual de Rondônia.
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