Novas diretrizes para agricultura sustentável são discutidas em RO
Segmentos da sociedade representada por organizações estatais e não governamentais de assistência técnica e extensão rural (ater), movimentos rurais, indígenas, quilombolas e sindicatos, estiveram reunidos nos dias 29 e 30, no Centro de Treinamento da Emater (Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia) para discutir as novas diretrizes para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e solidária para o País.
Antes das atividades em grupo os participantes tiveram a oportunidade de ouvir as apresentações sobre o papel da assistência técnica e extensão rural. Foram discutidos temas como: A Instituição da Ater Pública; A Abordagem da Ater Pública (metodologia e conteúdo); Ater na Geração e Apropriação de Renda (processo produtivo); e Ater na Qualificação das Políticas Públicas. Após as explanações cada grupo discutiu os eixos temáticos levantando propostas a serem discutidas e levadas para a Conferencia Nacional e, por fim foram eleitos os oito representantes que irão defender as propostas em Olinda.
Para Olavo é preciso que se considerem as dificuldades de cada região na alocação de recursos e na implementação da assistência técnica. Se no Sul do País um extensionista é capaz de assistir 100 famílias, em Rondônia só será possível atender 80 e no Amazonas, 50, diz, citando os dados fictícios para exemplificar a dificuldade de cada região.
Antes das atividades em grupo os participantes tiveram a oportunidade de ouvir as apresentações sobre o papel da assistência técnica e extensão rural. Foram discutidos temas como: A Instituição da Ater Pública; A Abordagem da Ater Pública (metodologia e conteúdo); Ater na Geração e Apropriação de Renda (processo produtivo); e Ater na Qualificação das Políticas Públicas. Após as explanações cada grupo discutiu os eixos temáticos levantando propostas a serem discutidas e levadas para a Conferencia Nacional e, por fim foram eleitos os oito representantes que irão defender as propostas em Olinda.
Uma nova política para a extensão rural
A extensão rural no país vem passando por uma reestruturação dos serviços oferecidos. Hoje não se pode mais pensar em desenvolvimento sem, ao mesmo tempo, pensar nas questões ambientais e às exigências da sociedade nos papéis que deveriam ser assumidos pelo Estado. Com isso o Governo Federal surgiu a nova Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), com o desafio é estimular a diminuição da pobreza, através da geração de renda e criação de novos postos de trabalho, potencializando as atividades produtivas agrícolas voltadas à oferta de alimentos sadios e matérias primas, apoiando ainda estratégias de comercialização nos mercados locais, regionais e internacionais. Mas para que isso ocorre faz-se necessário superar os desafios advindos do antigo modelo extensionista, cuja base estava alicerçada na teoria da difusão e inovação de tecnologias e na revolução verde (que priorizava o aumento da produção, visando suprir a necessidade de alimentos através de sementes melhoradas, sem foco para as questões ambientais, e focar a atenção para a necessidade do País). O que a gente quer nada mais é o que a gente necessita, diz José Claudenor, subsecretário de planejamento da Secretaria de Aqüicultura e Pesca (Seap), da presidência da República.
Claudenor diz ainda, que a ater tem que ser pública e que o sistema tem que garantir a extensão a cada um dos cidadãos, sejam eles do campo, pescadores ou quilombolas.
Para José Tarcísio Batista Mendes, diretor técnico e de planejamento da Emater que abordou o tema a Instituição da Ater Pública (Sibrater), falta uma discussão maior com os beneficiários para se concretizar uma política agrícola familiar eficiente. A sociedade precisa estar organizada, dentro dos conselhos, para que se possa avançar nas discussões, diz.
A Emater tem atuado em prol da agricultura familiar de uma forma eficiente. A resposta da população com o aumento da produção agrícola é a maior prova disso, mas é preciso que haja um maior incremento de apoio. Viabilizar recursos federais para a extensão rural vai não só fortalecer o setor, como direcioná-lo ao desenvolvimento sustentável. E é isso que se quer para o desenvolvimento rural do País.
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