O avesso do avesso, por Andrey Cavalcante

A intenção, segundo o ex-presidente da OAB Marcello Lavenère Machado, é suspender a tramitação da PEC e impedir sua votação em segundo turno. Não se pode rasgar a Constituição para atender à vontade de uma pessoa, sob risco de se instalar uma anarquia jurídica, disse. O manifesto assinala que o noticiário a respeito das pressões sofridas pelos parlamentares para mudar o voto estarreceu quem quer que idealize uma política mais ética e ficará na história nacional como uma nota triste de agressão à liberdade do Poder Legislativo
Com pareceres de juristas como Fábio Konder Comparato, Dalmo Dallari e Celso Bandeira de Mello e assinaturas do presidente, de ex-presidentes e de conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de professores de Direito de 23 Estados, o manifesto afirma que houve inconstitucionalidade no procedimento que resultou na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 182/2007. Tanto os deputados que subscrevem o mandado quanto os juristas que assinam o manifesto argumentam que a manobra de Cunha de colocar pela segunda vez em votação uma emenda rejeitada na véspera fere o artigo 60 da Constituição, que proíbe que uma matéria seja votada duas vezes no mesmo ano.
A intenção, segundo o ex-presidente da OAB Marcello Lavenère Machado, é suspender a tramitação da PEC e impedir sua votação em segundo turno. Não se pode rasgar a Constituição para atender à vontade de uma pessoa, sob risco de se instalar uma anarquia jurídica, disse. O manifesto assinala que o noticiário a respeito das pressões sofridas pelos parlamentares para mudar o voto estarreceu quem quer que idealize uma política mais ética e ficará na história nacional como uma nota triste de agressão à liberdade do Poder Legislativo
A influência do poder econômico sobre a política, contra o qual já se insurgiu a OAB nacional em ação que tramita no Supremo e já tem os votos favoráveis da maioria dos ministros, é absolutamente incompatível com a Constituição Federal, em cujo cerne residem princípios como a república, a democracia e a igualdade. Se a PEC vier a ser aprovada, a desigualdade e a corrupção invadirão a esfera constitucional, e o preceito vigorará como um corpo estranho na Constituição Republicana e Democrática do Brasil. A defesa da institucionalidade democrática demanda o pleno respeito ao ordenamento jurídico. É preciso impedir que prevaleça o arbítrio praticado, É preciso preservar a dignidade do processo legislativo e os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito.
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