Obra mal executada na BR-364 causou enchentes em bairros de Ji-Paraná

Em 2013, houve uma grande enchente prejudicando a população de Ji-Paraná em bairros que nunca antes foram atingidos, como o bairro Riachuelo (2º Distrito) e parte do Santiago e dos Presidenciais II e III (1º Distrito). O vereador Edivaldo Gomes (PSB) observou o caso e iniciou um estudo da obra de drenagem na BR 364, pois preliminarmente, verificou-se que não tem a vazão necessária para o escoamento das águas pluviais. O mesmo, conforme Edivaldo, acontece na região do Caipirão, no bairro Dois de Abril, onde colocaram manilhas ineficientes ao volume de água.

RESPOSTA

Um documento foi enviado ao supervisor do Dnit em Ji-Paraná, Pedro Nakayama, pelo MPF, dando o prazo de cinco dias para que apresentasse informações com provas, sobre o desdobramento das providências para solucionar os alagamentos que vêm ocorrendo na BR-364, na zona urbana: “No ofício deve ser consignado que o MPF continua recebendo notícias sobre alagamentos na referida via federal e sobre prejuízos causados aos cidadãos (...) Deve ser ressaltado que caso não sejam adotadas tais medidas e ocorrerem danos por conta das mencionadas falhas na rodovia, a Administração Pública poderá ser condenada a repará-los, o que evidentemente gerará prejuízos ao erário e eventual adoção de medidas legais em face dos responsáveis”.

RESPOSTA

Na Sessão Legislativa desta terça-feira (18), Edivaldo Gomes recebeu uma nova correspondência sobre o caso. O procurador Henrique Felber encaminhou resposta do supervisor do Dnit, Pedro Nakayama, ao Ministério Público Federal. Conforme o documento, o processo licitatório está em andamento para corrigir os erros apontados em relação ao escoamento das águas pluviais, mas o Dnit salientou que não vai começar a obra definitiva, dos bueiros drenantes, pois não poderão ser executados no inverno amazônico. O supervisor também destaca no ofício que uma equipe de trabalho será remanejada para executar o serviço de limpeza dos canais, para que as águas sejam drenadas de forma rápida para minimizar os transtornos.
Segundo Edivaldo, o procurador não se contentou com a resposta e uma ação pode ser movida contra o Dnit pelo MPF, pois as providências foram solicitadas em 2013, e tiveram o ano inteiro para solucionar a questão. “Estamos atentos, pois se tem algo que incomoda em Ji-Paraná são estas enchentes que em certos trechos são crônicas, mas nestes bairros citados elas foram agravadas pela obra com erros na drenagem”, finalizou Gomes.