Rondônia, 27 de dezembro de 2024
Geral

Onze famílias já foram retiradas de casa por causa da cheia do Madeira

Mais uma família que reside em área de risco no Bairro Nacional, em Porto Velho, foi retirada de casa pela Defesa Civil Municipal na tarde de terça-feira (12). Esta foi 11ª família a ser removida por causa do avanço do nível do Rio Madeira que registrou a cota de 16,46 metros nesta tarde. Pelo menos 820 famílias continuam sendo monitoradas pelo órgão diariamente.

Com a água se aproximando do quintal, a família que pediu ajuda foi levada para a casa de parentes, onde deve permanecer até o nível do rio baixar.

Já o cozinheiro Raimundo Nascimento Alves, morador do Bairro Nacional, não tem para onde ir e garante que vai continuar em sua residência mesmo sabendo do perigo que está correndo. “Toda vez que começa a chover eu passo a noite acordado com medo da água chegar repentinamente igual foi em 2014, quando a água chegou pelo meio da minha casa. Eu já fiz o cadastro para ganhar uma casa há três anos e nunca fui chamado e só saio daqui se for pra mudar para meu apartamento mesmo sabendo que a água está nos fundos do meu quintal”, disse o morador.

Com a elevação do rio, as águas começaram a invadir os quintais das residências localizadas em áreas de risco nos bairros Balsa, Nacional, Beco do Gravatal, Beco da Rede, Beco do Birro, Triângulo, Candelária e Panair.

Para não serem pegos de surpresa pela água, quatro famílias que residem no Beco do Birro, dois do Beco da Rede, uma do Bairro Areal, uma do Nacional e outra no Baixa União, solicitaram ajuda e foram levados para a casa de parentes pela equipe da Defesa Civil.

Alguns moradores que residem nessas regiões não têm para onde ir, mas a Defesa Civil informou que está trabalhando em conjunto com a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasf) para colocar os moradores em um local seguro. “O morador pode nos procurar ligando em dos nossos telefones e solicitar ajuda que nós iremos fazer a remoção mesmo ele não tendo para onde ir porque trabalhamos para resguardar vidas”, garantiu Marcelo Santos.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Marcelo Santos, assim que o nível do Rio Madeira ultrapassou os 14 metros, um canal que corta a estrada do Ramal Maravilha localizado na margem esquerda do rio, começou a transbordar, deixou a estrada alagada e duas famílias tiveram que sair de suas casas com medo de ficarem ilhadas.

Baixo Madeira
Nos distritos de São Carlos, Nazaré e Calama, a Defesa Civil continua monitorando e prestando apoio necessário para toda a comunidade já que nessas localidades o rio está próximo das residências. “Nós continuaremos também o trabalho de sinalização dessas áreas onde estão correndo perigo de desbarrancamento como forma de prevenção. Cerca de 100 barracas já estão à disposição das comunidades”, informou Marcelo Santos.

Em Jaci-Paraná e em Fortaleza do Abunã, algumas residências já foram impactadas com a cheia do Rio Madeira.

A Defesa Civil está com uma equipe de plantão 24 horas para atender as famílias que residem em áreas de risco. A ajuda pode ser solicitada ligando no 199 ou 98401-5113.

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