Rondônia, 22 de dezembro de 2025
Geral

Operação da PF mira deputado acusado de invasão de terra pública, fraude cartorária e sonegação

A Polícia Federal, a pedido do Ministério Público de Rondônia, executou mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira nos gabinetes dos deputados Jean de Oliveira (MDB), Laerte Gomes (PSDB) e na Superintendência de Recursos Humanos. Batizada de Operação Feldeberg, mais de 200 homens da PF se mobilizaram nas cidades de Alta Floresta, Vilhena, Ji-Paraná, Alto Alegre, Humaitá e Cuiabá para cumprir ao todo 11 preventivas, 3 prisões temporárias e 10 mandados de suspensão da função pública.

Não houve pedido de suspensão de função pública de nenhum parlamentar e as buscas no setor de Recursos Humanos foi realizada para apreender documentos de nomeações de servidores do gabinete do deputado Jean de Oliveira.
O caso das “rachadinhas” investigado nos inquéritos abertos em 2016 envolveu 8 funcionários do parlamentar de Alta Floresta e 3 deles foram presos pela Polícia Federal nesta quinta.

Os alvos principais da investigação do MP aberta há 3 anos foram as supostas fraudes em operações de gado na Agência de Defesa Agrosilpastoril do Estado de Rondônia (Idaron) envolvendo pessoas ligadas ao deputado Jean de Oliveira, empresários do ramo de frigoríficos e servidores públicos.

Outro esquema apurado foi a invasão de terra pública e a posterior tentativa de fraude para regularizar os lotes em cartórios de Alta Floresta e Rondolândia. Houve, segundo o MP, obtenção de vantagens de funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

Uma outra linha de investigação aponta o parlamentar como responsável pela elaboração de um projeto de Lei que reconheceria títulos de propriedades outorgados a seringueiros, permitindo grilagem de terras ou usando-as como créditos.

No decorrer das investigações, pessoas ligadas ao deputado Jean e seu pai, o foragido da Justiça Carlão de Oliveira, foram interceptadas falando sobre a eleição da Mesa Diretora.

Especulação

A Polícia Federal e o Ministério Público se recusaram a divulgar maiores detalhes à imprensa para esclarecer os fatos e divulgar a lista das cautelares e prisões.

O alvo principal da operação não era a Assembleia Legislativa, mas o esquema de invasão de terra pública, fraude em cartório e sonegação de ICMS através do Idaron.

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