Pesquisador da Embrapa ministra curso sobre cultura de tecidos vegetais na São Lucas

O pesquisador Maurício Santos, da Embrapa Rondônia, está ministrando um curso sobre a disciplina Cultura de Tecidos Vegetais para acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Faculdade São Lucas. O objetivo é permitir que os acadêmicos tenham uma visão geral das técnicas de cultivo de plantas in vitro, capacitando-os para o desenvolvimento de pesquisas na área de abrangência da cultura de tecidos vegetais. Além disso, de acordo com o pesquisador, é capacitar para o desenvolvimento de pesquisas na área de abrangência da Cultura de Tecidos Vegetais, proporcionando ao aluno o conhecimento de técnicas para a produção de mudas em larga escala em biofábricas. Outra proposta, segundo ele, é permitir o entendimento das aplicações da Cultura de Tecidos Vegetais na produção de mudas para a agricultura e a compreensão das inter-relações da Cultura de Tecidos Vegetais com outras disciplinas e áreas de conhecimento.

Maurício Santos salientou que a Cultura de Tecidos Vegetais é uma das áreas da Biotecnologia e compreende vários métodos de propagação vegetal em laboratório, vegetativamente e sob condições assépticas, também chamados de cultivo in vitro. "A utilização destes métodos permite a produção de mudas com alta qualidade fitossanitária, durante todo o ano e em pequeno espaço físico, sob condições controladas, além de também possibilitar o armazenamento de material vegetativo, com o estabelecimento de bancos de germoplasma in vitro", enfatizou o pesquisador, acrescentando que as culturas in vitro não necessitam de irrigação, adubação, pulverização com defensivos agrícolas e outras práticas que podem ser danosas ao ambiente.

Os acadêmicos também vão participar de atividades no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da Embrapa Rondônia, implementado em 2007, que, segundo Maurício Santos, tem como objetivo a utilização desta técnica para a multiplicação clonal de espécies atualmente produzidas a partir de métodos convencionais, muitas vezes lentos e economicamente menos viáveis, o que pode representar um grande avanço para a agricultura do Estado. "Subsidiar tecnicamente o melhoramento de espécies cultivadas e facilitar a integração nos sistemas agroflorestais, a partir do fornecimento de mudas de genótipos de elite, também são perspectivas almejadas", acrescentou o pesquisador.