PF também cumpre mandados de prisão na Operação Olhos de Diamante, em Guajará-Mirim
Além da a Operação Alpargatas, que combate organizações criminosas especializadas em tráfico internacional de drogas, a Polícia Federal também realiza nesta quinta-feira a Operação Olhos de Diamante, para investigar quadrilha especializa na extração mineral ilegal de pedras preciosas em terras indígenas, na região do Rio Pacaás Novos, no município de Guajará-Mirim. De acordo com as investigações, o garimpo ilegal era também financiado por traficantes de drogas.
Policiais federais deram cumprimento a mandados de prisão preventiva e a mandados de busca e apreensão, em desfavor dos envolvidos.
Investigações identificaram a participação de garimpeiros e indígenas no esquema criminoso, os quais valiam-se da distância, dificuldade de acesso à região e influência destes em alguns órgãos públicos para continuidade das práticas ilícitas.
Também são investigados crimes ambientais em áreas de preservação e integrantes de quadrilha de tráfico internacional de drogas – também investigados no âmbito da Operação Alpargatas, deflagrada hoje pela PF, em Rondônia. Foi apurado que o grupo utilizava lucros obtidos no comércio de cocaína para financiar o garimpo ilegal.
A Polícia Federal, em parceria com o IBAMA e Exército brasileiro, realizou duas incursões aéreas em 2015, ao longo do leito do Rio Pacaás Novos, objetivando interromper o garimpo ilegal de pedras preciosas no local e prevenir outros crimes ambientais.
Os presos responderão por crimes ambientais, de organização criminosa e de usurpação de patrimônio da União, perante a Justiça Federal. Após procedimentos de praxe, serão encaminhados à Casa de Detenção de Guajará-Mirim.
Tráfico
Também nesta quinta-feira, a PF a Operação Alpargatas, para combater a atuação de duas organizações criminosas especializadas em tráfico internacional de drogas, em Rondônia, no Ceará e no Pará. Esses grupos traziam drogas da Bolívia e posteriormente as remetiam a outros estados brasileiros.
Cerca de 140 policiais federais deram cumprimento a 83 mandados judiciais: 44 de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão e 6 conduções coercitivas, nos três Estados. Em Rondônia, as cidades de Guajará-Mirim, Buritis, Ariquemes e Porto Velho receberam equipes de policiais federais para cumprirem esses mandados.
Durante as investigações, a PF identificou duas organizações criminosas atuantes na região de Guajará-Mirim. Esses grupos adquiriam os entorpecentes, diretamente na cidade de Guayaramerín/Bolívia, de fornecedores sediados no país vizinho, em um sistema de “consórcio de drogas”, para distribuição em várias localidades no Brasil.
Alguns dos integrantes, residentes em Porto Velho e Buritis, viajavam até a região de fronteira para negociar diretamente a cocaína com os fornecedores. Esses traficantes funcionavam como articuladores e intermediários para compradores dos estados do Norte e Nordeste. A droga adquirida na Bolívia era revendida por quase o dobro do preço em centros consumidores, como Fortaleza/CE.
Ao longo de 2015 e início de 2016, foram realizadas apreensões de drogas das duas quadrilhas (cerca de 130 kg de cocaína) e a prisão em flagrante dos envolvidos. Além disso, foram apreendidos veículos utilizados para esconder a droga e a quantia de R$365 mil, em espécie. Esse valor seria levado para a Bolívia e utilizado para o pagamento de entorpecentes.
Os presos após serem ouvidos na Sede da PF, serão encaminhados a presídios estaduais e responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, perante a Justiça Federal.
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