Polícia Civil desarticula quadrilha especializada em adulterar e roubar combustível
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) divulgou nesta sexta-feira (5) o resultado da Operação Octanagem, realizada na quinta para desarticular uma quadrilha que fazia subtração, adulteração e comercialização de combustíveis, fora dos padrões técnicos. Sete pessoas foram presas e duas estão foragidas.
A operação tinha por objetivo prender o proprietário de uma chácara que comandava a quadrilha, localizada no setor chacareiro no Bairro Nacional, em Porto Velho, e motoristas de caminhões-tanque que eram responsáveis de fazer o transporte das mercadorias.
Segundo o delegado Elizeu Miller, a operação surgiu após uma denúncia anônima feita para o telefone 197 (Disque Denúncia). “Nós recebemos informações que caminhões-tanque, após saírem carregados da base de distribuição, se deslocavam até uma chácara, onde parte do combustível transportado era descarregado (subtraído), para posteriormente ser comercializado ilegalmente", esclareceu.
Ainda de acordo coma polícia, o proprietário da chácara, juntamente com a esposa, recebia as encomendas via telefone. Para o delegado Marcos Vinicius, responsável pela operação, a quadrilha agia há cerca de um ano na capital atuando durante seis dias da semana. “Os motoristas dos caminhões trabalhavam de segunda a sábado, transportando gasolina, diesel e álcool. Eles carregavam em média cerca de 1.800 litros de combustíveis por dia e em cada viagem era transportado 150 a 350 litros por viagem”, afirma.
Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária, oito mandados de busca e apreensão em residências e cinco mandados de busca e apreensão de veículos. A operação contou com a participação de 12 esquipes composta por 60 policias. Durante as investigações, as equipes ficaram de campana por cerca de duas horas para flagrar a saída e entrada dos motoristas que faziam os transportes. No local foram encontrados, oito armas de fogo (cinco espingardas e três revólveres), R$ 4.131,00 e aproximadamente 2.500 litros de combustível. Dos sete presos, três foram presos em flagrantes por porte ilegal de arma. A quadrilha gerava um prejuízo de R$ 3 milhões por ano aos cofres públicos.
Para ajudar na operação, a Policia Civil contou com o apoio da Agencia Nacional de Petróleo (ANP) que colheu várias amostras para periciá-las.
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