Polícia desmonta esquema de extração ilegal de madeira
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou ontem operação para desmontar um esquema de fraudes em créditos florestais que permitiu, segundo a polícia, a extração ilegal do equivalente à carga de 2.500 carretas de madeira.
"Eles falsificavam documentos e criavam empresas ′fantasmas′. Com a documentação falsa, conseguiam aprovar planos de exploração florestal ou de manejo. O sistema gerava créditos que eram comercializados com madeireiros. A origem é legal, mas a venda virtual", disse o delegado Roberto Amorim, da delegacia ambiental.
Entre os suspeitos de envolvimento no esquema, estão fazendeiros, madeireiros, engenheiros florestais e empresários supostamente envolvidos na grilagem de terras. Segundo as investigações, o grupo movimentou, entre 2006 e 2007, cerca de R$ 80 milhões em créditos florestais "frios".
"Eles falsificavam documentos e criavam empresas ′fantasmas′. Com a documentação falsa, conseguiam aprovar planos de exploração florestal ou de manejo. O sistema gerava créditos que eram comercializados com madeireiros. A origem é legal, mas a venda virtual", disse o delegado Roberto Amorim, da delegacia ambiental.
A investigação se concentrou em seis projetos de manejo nos municípios de Nobres, Nova Maringá, Aripuanã, Nova Bandeirantes, Paranaíta e Juara. Os planos davam direito à exploração de madeira nesta áreas, mas, segundo a polícia, os desmates eram realizados em outros locais --possivelmente, em áreas protegidas.
A fraude foi percebida pelos sistemas de controle interno da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. "O sistema começou a monitorar que havia trânsito de crédito, mas quando comercializados eram só na forma de papel e não de madeira", disse o secretário Luiz Henrique Daldegan.
Segundo nota da Polícia Civil, os suspeitos responderão por formação de quadrilha, falsidade ideológica e crimes contra a administração ambiental.
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