Rondônia, 22 de dezembro de 2025
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Porto Velho completa 110 anos de instalação; saiba mais sobre nossa história

Porto Velho completa nesta sexta-feira (24), 110 anos de instalação. A capital rondoniense está localizada na margem direita do Rio Madeira e surgiu durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM). A criação do Município ocorreu em 2 de outubro de 1914. A diferença entre as duas datas é questão de formalidade. A historiadora Yêda Pinheiro Borzacov destaca em suas obras que a criação é apenas um ato documental, enquanto a instalação é a nomeação de administradores da localidade.

A data remete à instalação de Porto Velho que ocorreu no dia 24 de janeiro de 1915, com a nomeação oficial do superintendente da cidade e dos membros do Conselho Municipal, equivalente a prefeito e Câmara de Vereadores, respectivamente. O primeiro superintendente e presidente do conselho foi o major Fernando Guapindaia de Souza.

Breve histórico

Devido a dificuldades de ancorar grandes embarcações em Santo Antônio, o norte americano Percival Farquhar, responsável pela construção da EFMM após o Tratado de Petrópolis, mudou o início das obras para o antigo “Porto Velho dos Militares”, uma referência ao ponto de apoio utilizado pelo Exército Brasileiro da Guarda Imperial durante a Guerra do Paraguai (1864/1870). Esse antigo porto, a sete quilômetros de Santo Antônio, ficava em terras pertencentes ao Estado do Amazonas. Por essa razão, a cidade ganhou o nome de Porto Velho.

Nossa história

Porto Velho foi elevado à categoria de município do Estado do Amazonas através da Lei 757 de 02 de outubro de 1914, sancionada pelo governador do Estado do Amazonas, Dr. Jonathas de Freitas Pedrosa.

Conforme o historiador Anísio Gorayeb destacou em entrevistas ao RONDONIAGORA há 5 anos, com a criação do município de Porto Velho, surge também o primeiro grande impasse. Com domínio americano na região, visto que o idioma e toda a documentação da EFMM eram em inglês, assim como também o primeiro jornal impresso na cidade foi em inglês, o The Porto Velho Time, tornava-se necessário uma divisão territorial para não haver conflito de poderes.

Foi criada então a Rua Divisória, que era onde é atualmente a Avenida Presidente Dutra. Nela havia uma cerca dividindo a cidade em duas partes. Uma parte era domínio americano, visto que os americanos eram detentores da concessão da ferrovia e outra parte era domínio do município. O lado leste da Rua Divisória era administrado superintendente do município e o lado oeste pelos diretores da EFMM.

A primeira eleição no município de Porto Velho só aconteceu em dezembro de 1916, quando foi eleito o médico Joaquim Augusto Tanajura. Este, por sua vez, assumiu o município no dia 1º de janeiro de 1917, para uma gestão no período de 1917/1919. Joaquim Tanajura foi eleito novamente em 1922, para um segundo mandato no período de 1923/1925.

Foi no segundo mandato do Superintendente Joaquim Tanajura que o município adquiriu o imóvel na Rua José Bonifácio, na ladeira Comendador Centeno para ser a nova sede do executivo municipal. Anteriormente a sede do município era em um antigo casarão de madeira próximo da atual sede central dos Correios e Telégrafos.

Porto Velho tornou-se município em 1914, quando ainda pertencia ao Estado do Amazonas. Em 1943, passou à condição de capital e, junto com o município de Guajará-Mirim, constituiu o Território Federal do Guaporé, que em 1956 passou a ser denominado Rondônia, sendo elevado à categoria de estado em 4 de janeiro de 1982.

População

Com uma população de mais de 500 mil habitantes, as influências dos porto-velhenses são de origens diversas. A historiadora Yêda destaca as de origem nos caribenhos, paraenses e nordestinos que chegaram aqui durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) e nos ciclos da borracha. De cada um, foram incorporados influências que são percebidos no cotidiano. Dos nordestinos pode-se citar a grande influência folclórica; dos paraenses, a culinária é muito presente.

Sobre as formas de se expressar, a historiadora destaca em sua obra “Rondônia Cabocla” expressões como: 'não me cutuca' (tocar de leve), 'que menino teba!' (forte, gordo), 'que pixé' (cheiro de peixe cru) e zuruó (desequilibrado, doido).

Já Nair Gurgel lembra, doutora em linguística, destaca que 'ramuprobanho, maninho, tá quente quissó, telesé?' é jeito de falar do porto-velhense, especialmente nas comunidades ribeirinhas.

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