Prefeitura abandonou obras após resultado da eleição, reclama população
Faltando dois meses para o fim da gestão do prefeito Mauro Nazif, moradores da capital reclamam que bastou perder as eleições e as obras iniciadas nos bairros já estão paralisadas. No Bairro Lagoinha, quando a população achava que seria beneficiada pelo serviço de drenagem começado no começo do segundo semestre, a situação ficou ainda pior.
“Obras eleitoreiras. O homem passou três anos parado, e quando chegou no último ano quis mostrar serviço. Não adiantou nada...e nós ainda ficamos com a rua ainda pior do que antes. Esse não volta nunca mais”, disparou Francisca Alvelina da Silva, moradora há 23 anos da Rua Cascavel.
A placa da obra, iniciada pela empresa Rondominas - Engenharia e Construções Ltda., previa a conclusão do serviço em 120 dias, com drenagem profunda em tubos de concreto em ruas e avenidas do bairro. Na tarde desta quarta-feira (5), as máquinas já estão “guardadas” em um terreno que servia de canteiro para a empresa.
O valor da obra é de R$ 1.202.821,96, mas o trabalho nem sequer foi concluído. Enormes bocas de lobo abertas nas esquinas, e em toda a extensão de ruas como a Ana Calcáia, a Alameda Modelo, e a Rua da Paz. “Se não vierem logo terminar, que eu duvido, isso aí vai entupir com o próprio barro que eles deixaram ao redor e as alagações no inverno com certeza serão ainda maiores”, disse Eric Martins, morador.
O comerciante Rosivaldo Alves tem uma mercearia na esquina da Avenida Alexandre Guimarães com a Rua da Paz. “Eles passaram todo o mês de setembro abrindo essa vala para fazer a ligação entre as bocas de lobo. Os moradores não podiam entrar com seus carros em suas próprias casas e acabavam deixando os veículos estacionados a noite toda aqui na frente do comércio. A rua ficou intransitável, e agora até carro já caiu nesse buraco aqui na esquina, porque em dia de chuva fica tudo escorregadio. Uma grávida caiu aí na rua e foi preciso chamar o SAMU para atender a mulher. Isso é um vergonha”.
Seu José Raimundo de Lima trabalha com o veículo próprio com a distribuição de bebidas, e conta que está impossibilitado de sair graças ao atoleiro que as máquinas deixaram em frente à sua residência. “Eles não apareceram mais, fizeram essa lama toda e deixaram aí. Eu não consigo sair com o carro para trabalhar, e essa imundície é até um perigo para a saúde das crianças”, lamentou.
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