Rondônia, 16 de novembro de 2024
Geral

Prefeitura alerta para o aumento de casos de diabetes em crianças

Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes. Este ano o tema em destaque será “Diabetes nas Crianças e Adolescentes”. A prefeitura de Porto Velho está programando diversas campanhas e atividades afim de informar e esclarecer à população sobre as causas, sintomas, complicações e tratamentos do diabetes. Segundo o secretário municipal de Saúde, Willames Pimentel, o objetivo é envolver e chamar a atenção de toda a sociedade para o problema. “Crianças, jovens, adultos, profissionais de saúde, formadores de opinião e mídia deverão ser alertados sobre a incidência do diabetes, que está crescendo a cada ano, e agora num público ainda mais frágil, as crianças e os adolescentes”, disse Pimentel.



A doença

O secretário esclarece que antigamente o diabetes era uma doença de adulto, mas com a elevação da taxa de obesidade infantil associada a uma vida sedentária e com maus hábitos alimentares, a doença aumentou consideravelmente entre as crianças. Segundo ele quanto mais cedo o diabetes for detectado, mais chances se têm da eficácia no controle da doença e de evitar complicações futuras. “Desde o nascimento há medidas de prevenção ao diabetes como o aleitamento materno, evitando a alimentação artificial, rica em açúcares desnecessários nesta fase. Então, deve-se manter uma alimentação saudável para evitar a obesidade infantil. Pais devem levar as crianças para um espaço maior para que possam brincar e praticar esportes, e assim evitar que fiquem apenas à frente de computadores e videogames”, alertou o secretário municipal.

A doença

O Diabetes é uma alteração na produção do hormônio insulina pelo pâncreas ou uma resistência à ação da insulina pelo organismo. É a insulina que ajuda o organismo a transformar o açúcar (glicose) em energia para o funcionamento do corpo humano. A quantidade de insulina liberada depende de quanto açúcar é ingerido. Quanto mais alimentos ricos em carboidratos (doces, batata, arroz, macarrão, biscoito e bebidas alcoólicas) são consumidos, mais o pâncreas precisa trabalhar. Existem dois tipos de diabetes, tipo 1 e o tipo 2. O diabetes do tipo 1 é o tipo mais comum em crianças, de aparecimento súbito e pode surgir desde as primeiras semanas de nascimento até os 30 anos de idade, mas é na faixa dos 5 aos 7 anos e durante a puberdade que a doença tende a ser mais comum. Está relacionado à falta ou pouca produção de insulina, não conseguindo controlar a taxa de glicose ingerida. O diabetes tipo 2 é hereditário e acontece quando as células resistem à ação da insulina, mesmo que sua produção seja normal.

Sintomas

Os sintomas do diabetes infantil são muita sede, aumento de fome e emagrecimento, maior número de vezes em que se urina e na maioria das vezes são acompanhados por grande mal estar, sonolência, fraqueza, tonturas, câimbras e formigamentos. Se não for diagnosticado e tratado desde cedo, o mal pode causar variação brusca da taxa de glicose no sangue. O aumento da glicose, hiperglicemia, leva a criança a beber muita água. Já a hipoglicemia (baixa taxa de glicose) causa tremores, suores gelados, taquicardia e falta de resposta a estímulos. A variação pode levar ao coma. A longo prazo, a doença causa perda de visão, derrame, infarto, hipertensão, impotência sexual, doenças pulmonares e insuficiência renal.

Tratamento disponível no município

Pimentel ressaltou que o município de Porto Velho, mantém em suas Unidades de Saúde, o Programa Hiperdia, que trata da hipertensão e do diabetes para todas as idades. De acordo com a coordenadora do programa em Porto Velho, Anete Santos, a maioria das pessoas que está cadastrada no Hiperdia é adulta, mas o programa atende a todos, dando prioridade as crianças, idosos e gestantes. “Temos profissionais capacitados, medicamentos gratuitos e em casos mais avançados disponibilizamos, para uso em casa, o glicocímetro, aparelho que faz a leitura e registra no visor, o valor da glicemia, a quantidade de glicose no sangue, para o controle diário do diabetes, disse Anete. “Com uma picadinha na ponta do dedo, a pessoa molha com o sangue uma fitinha que é colocada no aparelho. Esta medida ajusta as doses necessárias de insulina. O controle é feito em média de duas a quatro vezes ao dia, dependendo do estágio da doença”, completa. Ainda de acordo com o secretário Pimentel, muitas crianças desenvolvem diabetes e os pais normalmente não sabem como lidar com esse problema e ficam perdidos. “O melhor é conhecer o que é essa doença e tirar todas as dúvidas para ajudar seu filho. Basta procurar uma de nossas Unidades de Saúde, o médico fará o exame e se detectado encaminhará imediatamente para tratamento”, disse ele.

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