Rondônia, 14 de outubro de 2024
Geral

Prefeitura diz que reduziu casos de malária em cerca de 40%

Levantamento recente divulgado pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) aponta uma redução de 12,9% nos casos de malária entre os anos de 2008 e 2009. Foram 19,95 mil exames diagnosticados como positivos. Esse número está bem abaixo da média dos últimos cinco anos que girou em torno dos 30 mil casos. Mais significativo foi a diminuição dos casos de malária causada pelo plasmodium falciparum, que ficou próximo dos 40% (39,5%). “Essa é a forma mais grave da malária e está associada com as maiores concentrações de parasitas no sangue. A doença é caracterizada pela ocorrência de febres recorrentes que são irregulares e que, em casos extremos, podem se associar a manifestações agudas no cérebro, rins e trato gastrointenstinal”, explica o secretário Williames Pimentel de Oliveira, da Semusa. Esse é o tipo letal da doença.


A previsão pessimista era por causa do aumento da população, aliada ao fato das obras estarem localizadas em áreas ribeirinhas. No distrito de Jaci Paraná, área de influência da usina de Jirau, a população residente em 2008 era de 1,2 mil habitantes. No ano passado, esse número saltou para cerca de 20 mil pessoas, registrando uma taxa de crescimento de mais de 1.500%.
“Mas a prefeitura derrubou essa tendência mostrando que, quando há vontade política, como é o caso do prefeito Roberto Sobrinho. As adversidades são vencidas. O mesmo está verificando-se também com relação aos casos de dengue”, frisa o secretário. No caso da dengue, a redução foi de 69.04% nos dois primeiros meses deste ano. Eram 3092 registros em janeiro. Em fevereiro, foram diagnosticados apenas 957 casos.

O secretário lembrou que a Prefeitura de Porto Velho conseguiu fazer com que os registros dos casos de malária tivessem uma queda vertical na capital, mesmo com todos os prognósticos mostrando o contrário. Por conta da construção das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, Williames Pimentel lembra que a tendência apontada pelos especialistas era de que a situação ficasse sem controle com a ocorrência de um surto de malária na capital.
A previsão pessimista era por causa do aumento da população, aliada ao fato das obras estarem localizadas em áreas ribeirinhas. No distrito de Jaci Paraná, área de influência da usina de Jirau, a população residente em 2008 era de 1,2 mil habitantes. No ano passado, esse número saltou para cerca de 20 mil pessoas, registrando uma taxa de crescimento de mais de 1.500%.
“Mas a prefeitura derrubou essa tendência mostrando que, quando há vontade política, como é o caso do prefeito Roberto Sobrinho. As adversidades são vencidas. O mesmo está verificando-se também com relação aos casos de dengue”, frisa o secretário. No caso da dengue, a redução foi de 69.04% nos dois primeiros meses deste ano. Eram 3092 registros em janeiro. Em fevereiro, foram diagnosticados apenas 957 casos.

Controle

Mais de 60% do território brasileiro é favorável à transmissão da malária, sendo que cerca de 95% dos casos ocorrem na Amazônia Legal. Nesta região são registrados perto de 500 mil novos casos por ano. Ancorado nesses números, o secretário Williames Pimentel afirma que a redução dos casos da doença em Porto Velho contribuirá também para que haja uma redução em todo o País. Outro fator importante, é que a doença não se distribui geograficamente de forma homogênea, tampouco os vetores. É um problema global, mas com características locais. Por causa disso, é importante que se conheça a epidemiologia da doença em cada lugar para implementar as medidas de prevenção e controle adequadas.
Vários fatores devem ser considerados no que tange ao controle da malária, quais sejam, presença de mudanças sociais e ecológicas, características biológicas, antropológicas, culturais e sociais da população, intensidade e periodicidade da transmissão da malária, espécies dos mosquitos vetores, seu comportamento e sua susceptibilidade aos inseticidas, características dos serviços de saúde existentes e, naturalmente, espécies dos parasitos e sua sensibilidade aos medicamentos. No caso de Porto Velho, o secretário revela que o município iniciou o ano de 2009 com incremento nos casos em relação ao mesmo período do ano anterior, mas encerrou o ano em redução. “Outro fator a ser considerado, é o comportamento dos casos que mostrou uma linearidade, ao contrário dos anos anteriores, quando foi identificada pouca oscilação na incidência. Isso nos revela uma sustentabilidade nas ações de controle”, diz.

Ações de controle

Para Williames Pimentel esse resultado positivo não veio por acaso. No ano passado, a Semusa investiu fortemente em ações de combate à malária que priorizaram o planejamento, monitoramento e avaliação do comportamento da doença com a adoção de medidas de controle.
Entre essas ações estão a manutenção das condições necessárias a execução das metas estabelecidas, como insumos para diagnósticos e tratamento das notificações e controle vetorial em áreas com potencial para a doença e ações educativas e de mobilização social, vislumbrando o diagnóstico e tratamento precoce.“Laçamos mão também de novas tecnologias, como o uso do geoprocessamento, que trata da análise de mapas de risco para a malária. Por meio dessa ferramenta, foi possível identificar as tendências, áreas de risco e padrões espaciais para intervenções orientadas espacialmente que reduzem os custos e elevam a efetividade das ações programadas”, frisa.
Em 2009, também foi elaborado um mapa contendo a delimitação das regiões (nove no total) que foram desvendadas e representadas espacialmente. Foram levadas em consideração técnicas e normas cartográficas com descrição por extenso das áreas, medida que possibilitou delimitá-las em laboratório.

Por Joel Elias
Fotos: Comdecom

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