Prefeitura: Exame feito pela USP descarta contaminação de cólera no Madeira

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Mesmo com o descarte da contaminação, o secretário da Semusa chama a atenção da população para que mantenha as precauções necessárias ao contato com a água. Muitas outras doenças podem ser transmitidas pela água contaminada, não apenas o cólera. Por isso é necessário que a população, principalmente quem reside nos doze bairros que estão alagados. Nos livramos do cólera, mas isso não destaca a possibilidade de existência de outras moléstias transmitidas pela veiculação hídrica, frisou.
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A mostra da água do Madeira para o exame da USP foi coletado pela da pesquisadora Irma Nelly Guttierrez Rivera, professora da universidade paulista e embaixadora do Brasil na Sociedade Americana de Microbiologia (ASM). A cientista, que é uma das maiores autoridades mundiais em cólera, fez as coletas em uma comunidade ribeirinha do distrito de Jacy-Paraná distante cerca de 90 quilômetros do núcleo urbano de Porto Velho e no complexo turístico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
Por sua orientação, a prefeitura determinou o fechamento de todos os poços artesianos, semi-artesianos e amazonas. A preocupação da pesquisadora é porque ainda não é possível mensurar que tipo de doença a população pode adquirir se continuasse consumindo a água contaminada. Na região, residem cerca de 4 mil pessoas e o local não possui infraestruturas como água tratada e rede de esgoto. A água utilizada no consumo diário é provenientes de poços e vertentes e todo dejeto é descartado direto no rio, o que contribui para aumentar o risco o risco de doenças diarreicas.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde 2001 não há registros de morte por infecção de cólera no Brasil. O ápice do número de infectados pela doença aconteceu em 1994 quando foram registrados 51,32 mil casos. Em 1993, quase 700 pessoas morreram em virtude da doença.
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