Preocupação com a desinfecção

MORADOR PODE USAR ÁGUA SANITÁRIA, HIPOCLORITO DE SÓDIO, DOADO PELA PREFEITURA, ANTES DE VOLTAR ÀS CASAS
A grande preocupação com o pós-enchente é o retorno dos moradores às casas atingidas pela cheia. A higienização é ponto fundamental para evitar leptospirose, verminoses, pneumonia, hepatite, entre outras. O médico Amado Rahal, voluntário nos finais de semana nos abrigos, explica que a limpeza pode ser feita com produtos simples, a exemplo da água sanitária e o uso do hipoclorito de sódio, doado pela prefeitura. E no menor sintoma de febre, cansando, o morador precisa correr a uma unidade de emergência para fazer exames. No feriado do Dia do Trabalhador, Amado atendeu as famílias das escolas Orlando Freire e Padrão, em Porto Velho. As queixas principais das vítimas são dores lombares e o emocional muito abalado porque a grande maioria perdeu praticamente tudo nas enchentes. “A gente atende muito na parte clínica médica. As pessoas reclamam muito de dores lombares, provadas pela tensão emocional”, explicou o médico. Em relação as mulheres, Amado encaminha muitas para o preventivo e outros exames e retorna para prescrever remédios e outros cuidados.
Amado ressaltou que a grande preocupação neste momento é com a volta das famílias. Além das doenças comuns derivadas do recuo das águas, aumentaram os casos de dengue e malária. “Está tendo um surto de dengue por causa da água empossada e ruas intransitáveis. É preciso tomar muito cuidado”, disse o médico. “A primeira coisa a fazer é a limpeza e desinfecção do ambiente e depois a estrutura de sua moradia. O foco principal é a higiene. E se faz com coisa simples, como água sanitária”, acrescenta. O processo de limpeza deve ser feito no piso, portas, paredes, janelas e telhado do ambiente. É importante também não usar a água encanada da casa até ser concluída a desinfecção total.
Patrimônio histórico
Na última semana, peças, trilhos e galpões da lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré passaram por limpeza executada pelo pessoal da Prefeitura de Porto Velho. O pátio da EFMM foi completamente tomado pelas águas e algumas peças, após o recuo do Madeira, estão completamente destruídas. A Justiça Federal junto com organismos de cidadania, a exemplo da OAB e Ministério Publico Federal, está cuidando de perto do patrimônio, sob pena de responsabilizar as autoridades através de ações cíveis.
Veja Também
Sindeprof acompanha demandas dos instrutores de arte durante reunião na Semed
