Primeira metade da temporada expõe domínio absoluto de três equipes na F1
Em uma das temporadas mais aguardadas da Fórmula 1 nos últimos anos, o campeonato de 2022 da principal categoria do automobilismo mundial vem entregando em partes o que dele se esperava. Se, por um lado, as novas mudanças de regulamento e design dos carros vêm proporcionando mais ultrapassagens e disputas na pista, por outro, a briga por pódios se afunilou entre apenas três das dez equipes participantes.
Após cumpridas 11 das 22 provas previstas no calendário, o que se viu foi um amplo domínio de Red Bull, Ferrari e Mercedes, com a presença constante dos seis pilotos que representam essas marcas entre os três primeiros colocados. A única exceção até aqui aconteceu no GP da Emilia-Romagna, com o terceiro lugar do “penetra” Lando Norris, da McLaren.
Entre os protagonistas da temporada, os pilotos da RBR, Max Verstappen e Sérgio Perez, possuem oito e seis pódios, respectivamente. Pelo lado da Ferrari, Carlos Sainz recebeu a bandeirada entre os três primeiros em seis oportunidades e Charles Leclerc, cinco. Já os octacampeões da Mercedes emplacaram sete presenças na cerimônia de premiação, quatro com Lewis Hamilton e outras três com George Russell.
Cenário diferente de 2021
A essa mesma altura do campeonato do ano passado, a situação era outra. Depois dos 11 primeiros Grandes Prêmios, sete equipes tinham estourado o champanhe pós-corrida: Mercedes, Red Bull, Ferrari, McLaren, Aston Martin, Alpha Tauri e Alpine. Na 12ª prova, a Williams se juntou ao grupo, com o segundo lugar de Russell no polêmico GP da Bélgica, que não teve nem largada e contabilizou somente metade dos pontos.
Outro ponto que difere das duas últimas temporadas é o fato de que em 2022 somente pilotos de Red Bull e Ferrari venceram alguma prova, enquanto no ano passado Mercedes e RBR, então protagonistas do campeonato, tiveram a companhia da Alpine, que faturou o GP da Hungria, com Esteban Ocon. Mais tarde, na Itália, Daniel Ricciardo, da McLaren, também cruzaria em primeiro lugar.
O domínio do Big 3
Depois de uma intensa e emocionante disputa até a última volta da última corrida de 2021, a Red Bull Racing voltou a conquistar um título de pilotos após oito anos, coroando o holandês Max Verstappen. O triunfo trouxe de volta a confiança aos austríacos, considerados hoje a maior força da categoria ao lado da Ferrari. Tetracampeã mundial de construtores de 2010 a 2013, a RBR busca enfim reconquistar seu lugar no topo entre as equipes e frear a hegemonia de oito anos da Mercedes.
Nesta temporada, além de liderar os dois campeonatos, o time sediado em Milton Keynes, no Reino Unido, fechou novas parcerias globais, como o patrocínio do PokerStars, reforçando seu poder de influência e marketing no mundo esportivo, e o acordo com a Atlas Copco para contribuir com o desenvolvimento de sua nova fábrica de motores, a Red Bull Powertrains.
Outrora maior rival da equipe comandada por Christian Horner, a Mercedes começou o ano enfrentando problemas para desvendar os segredos do novo design dos carros e deixou de brigar por vitórias. Apesar da grande diferença entre as expectativas iniciais e a realidade atual, seus dois pilotos seguem evoluindo e beliscando pódios e pontos importantes enquanto o W13 não retoma os dias de glória.
Por sua vez, quem aproveitou a queda dos alemães para ganhar terreno foi a Ferrari. Maiores campeões da história da Fórmula 1, os italianos passaram 2020 e 2021 em branco e voltaram a vencer uma prova somente nesta temporada. Hoje principal piloto da equipe e maior concorrente de Verstappen no campeonato, Charles Leclerc ganhou três corridas e Carlos Sainz faturou uma.
Bem distantes do poderoso trio, aparecem empatadas McLaren e Alpine com quase três vezes menos pontos do que a Mercedes, atual terceira colocada entre os construtores. O lado positivo é que, pela primeira vez desde 2019, todas as equipes pontuaram e o pelotão intermediário vem protagonizando interessantes disputas por posição na pista. Se não tem o brilho e a emoção da temporada 2021, a Fórmula de 2022 parece estar mais equilibrada... ao menos lá atrás.
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