Rondônia, 05 de dezembro de 2025
Geral

Produtores da região central de Rondônia recebem menos pelo litro de leite, aponta estudo

Os produtores de leite da principal bacia leiteira de Rondônia, localizada na região central do Estado, estão recebendo menos pelo litro do leite do que os produtores do cone sul de Rondônia. Enquanto os laticínios do cone sul pagaram em março em torno de R$ 80 centavos o litro do leite, os laticínios da região central do Estado pagaram para os seus fornecedores a média de R$ 60 centavos o litro do leite. A informação foi prestada à reportagem por alguns produtores inconformados com a medida tomada por alguns laticínios, segundo eles.



Bacia leiteira

Questões envolvendo a produção de leite em Rondônia são dirimidas pelo Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do Estado de Rondônia (CONSELEITE-RO) criado em 2009 justamente após a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instituída pela Assembleia Legislativa de Rondônia em 2008 para apurar abusos por parte de laticínios, e averiguar a suposta existência da criação de cartel na comercialização do leite no estado de Rondônia. O Conseleite é formado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Feparon) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro) e tem como principal objetivo a busca de soluções conjuntas para problemas comuns do setor lácteo rondoniense. Por problemas de comunicação não foi possível ouvir os segmentos responsáveis ontem, o que será tentado hoje novamente.

Bacia leiteira

Segundo o IBGE, Rondônia tem uma média de produção acima de 2,2 milhões de litros de leite por dia, sendo considerado o maior produtor de leite da Região Norte e o 9º do país. Os dez municípios rondonienses que mais produzem representam 40% de toda a produção de Rondônia se localizam na região central do Estado. O município que lidera este ranking é Jaru (6,34%), seguido por Ouro Preto do Oeste (6,05%), Ji-Paraná (4,39%), Urupá (3,7%), Cacoal (3,63%), Nova Mamoré (3,63%), Governador Jorge Teixeira (3,56%), Buritis (3,42%), Espigão do Oeste (3,19%) e Machadinho do Oeste (3,04%). Por esses números pode se calcular o prejuízo que representa aos produtores receberem R$ 20 centavos a menos o litro de leite do que os produtores do cone sul do Estado. Principalmente porque, segundo levantamentos do Idaron e da Emater, apesar de concentrarem o maior volume de produção alguns destes municípios apresentam menor produtividade que os municípios do sul do Estado.

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