PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DA UNIR PREPARAM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO
O governo federal desmarcou a rodada de negociações sobre a campanha salarial dos docentes de 1º e 2º grau, prevista para esta quarta-feira (20/2). Também não enviou às entidades representativas dos docentes as explicações sobre a sua proposta de tabela salarial, conforme requisitado pelo ANDES-SN e pelo SINASEFE, na reunião da última semana.
Representantes dos docentes do Setor das Federais, reunidos em Brasília (DF) no dia 15/2, já haviam apontado a greve da categoria como alternativa para pressionar o governo. Conforme decisão tomada durante a reunião, os docentes darão início a uma rodada de assembléias, a partir de 3/3, para deliberar sobre a proposta em nova reunião do setor marcada para o dia 15/3.
No caso dos docentes do ensino superior, o governo impôs um pretenso acordo, rejeitado pela base do sindicato, que previa reajuste salarial para 2008, 2009 e 2010. Entretanto, o próprio governo já anunciou que irá "repactuar" as datas previstas no simulacro de acordo, sem, entretanto, apresentá-las de fato.
Representantes dos docentes do Setor das Federais, reunidos em Brasília (DF) no dia 15/2, já haviam apontado a greve da categoria como alternativa para pressionar o governo. Conforme decisão tomada durante a reunião, os docentes darão início a uma rodada de assembléias, a partir de 3/3, para deliberar sobre a proposta em nova reunião do setor marcada para o dia 15/3.
No caso dos docentes do ensino superior, o governo impôs um pretenso acordo, rejeitado pela base do sindicato, que previa reajuste salarial para 2008, 2009 e 2010. Entretanto, o próprio governo já anunciou que irá "repactuar" as datas previstas no simulacro de acordo, sem, entretanto, apresentá-las de fato.
Para os professores de 1º e 2º grau, a indefinição é completa. O governo apresentou uma proposta de reestruturação da carreira, com problemas, inclusive constitucionais, e uma tabela salarial incompleta, com modificações para 2010, sem contemplar os anos de 2008 e 2009 e só para os docentes em regime de dedicação exclusiva. Após as entidades terem recusado a proposta, o governo não mais se posicionou, e só vem remarcando as reuniões, sem justificativas.
"A construção de uma greve forte é a única forma, no momento, para evitar que ocorra em 2008 o mesmo que ocorreu em 2006 e 2007, isto é, reajuste
zero", argumenta Almir.
NA UNIR, GREVE PODE TER ADESÃO ATÉ DE ESTUDANTES E TÉCNICOS
A insatisfação com as políticas neoliberais do governo Lula e a implantação dessas políticas por parte do Reitor Januário Amaral estão fazendo repercutir ecos em todos os setores da Universidade. A adesão ao REUNI de forma autoritária (foi realizada em outubro uma sessão do CONSUN às portas fechadas na base aérea de Porto Velho), o descumprimento de acordos firmados entre reitoria e estudantes, além de inúmeros problemas de infra-estrutura fazem com que o caldo da insatisfação a Januário se torne mais grosso.
Segundo Carlos Papagaio, do ANDES Sindicato Nacional dos Docentes, Regional Norte 1, os seus colegas de departamento já planejam entrar em greve para conseguirem laboratório com qualidade para o curso de informática. Em Rolim de Moura, que no ano passado enfrentou uma greve estudantil, somam-se força a insatisfação dos docentes que foram surpreendidos com a transferência de professores para Porto Velho, a mando do Reitor Januário Amaral, sem que o Departamento de Pedagogia fosse sequer consultado. O beneficiário do Reitor é Josenir Dettoni que vem a Porto Velho para ser o executor do REUNI. Enquanto isso, no Campus de Rolim de Moura os demais professores estão sendo lotados com até 4 disciplinas.
Entre os técnicos a insatisfação aumenta com a possibilidade de Januário Amaral descumprir um acordo com a categoria. O Reitor nomeou cargos de sua administração indicados em assembléia dos técnicos, como compromisso de campanha defendido por sua vice, Ivonete Tamboril. No entanto, passado quase um ano é hora de mudar e para isso Januário quer exonerar os técnicos eleitos para atender o interesse de outros apoiadores de sua campanha. Em polvorosa, a categoria promete rechaçar com greve este descumprimento de acordo. A insatisfação vai se estendendo também entre os aliados mais próximos. Maria das Graças Silva, ex-presidente da Riomar, considera que foi golpeada por outros aliados do Reitor, e com sua conivência, para ser sumariamente afastada da Fundação de Apoio.
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