Profissionais da saúde protestam contra projeto de terceirização

Na manhã desta terça-feira (15), profissionais da saúde realizaram um protesto em frente ao Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho, contra projeto do Governo de Rondônia que prevê a terceirização de unidades públicas de saúde. Além do João Paulo II, a proposta também envolve o Ambulatório de Medicina Integrada (AMI) e o Hospital de Retaguarda.
A manifestação reuniu servidores efetivos e contratados sob o regime da CLT, que alertam para os impactos da medida na qualidade do atendimento e nas condições de trabalho. Representantes de sindicatos e conselhos profissionais participaram do ato e reforçaram a rejeição à proposta.
Para o presidente do Sindicato Médico de Rondônia (Simero), Luis Eduardo Maiorquin, o problema da saúde no estado está longe de ser resolvido com privatizações. “O que está sendo proposto é a terceirização integral das unidades, o que consideramos um equívoco. A crise no João Paulo II não é causada pelos servidores, mas pela estrutura física ultrapassada e pela falta de capacidade instalada diante da alta demanda”, afirmou.
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO), Josué da Silva Sicsú, também criticou o projeto. Segundo ele, os profissionais enfrentam há anos condições precárias e seguem comprometidos com o serviço público. “Essa privatização não dialoga com a realidade dos profissionais que dedicaram a vida ao João Paulo II. Precisamos de investimento, não de mais precarização”, declarou.
