Programa Rondônia Segura investe em tecnologia e conta com o envolvimento social
Foi lançado no final de tarde desta quinta-feira (21) o Programa Rondônia Segura, uma iniciativa do governo do estado, envolvendo órgãos do judiciário, secretarias estaduais e municípios, além da sociedade civil organizada e população em geral.
Na prática, o programa busca uma resignificação do olhar para a segurança pública. “Queremos abandonar a ideia de que segurança pública é feita só por policiais e começarmos a discutir e agir em conjunto com a sociedade de um modo geral e com todos os poderes, e principalmente de uma maneira municipal. Os problemas estão nos municípios, vamos criar estratégias contrárias ao que se é feito hoje, do macro para o micro”, explica o secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), coronel Lioberto Caetano de Souza.
Desde fevereiro, o governo realizou uma grande oficina com 300 técnicos da área de segurança e dos poderes e de lá foram tiradas 489 ideias de como Rondônia pode ser do ponto de vista de segurança pública.
“Dessas, tabulamos com técnicos, policiais civis, militares, de forma mista ainda, e foram identificados 12 pontos de alavancagem, que nos darão o que a gente precisa, que é reduzir os índices de violência, melhorar a prevenção primária para que no futuro a juventude se afaste das drogas, enfim. Não é um trabalho imediato, as ações serão direcionadas de maneira específica para cada cidade de acordo com a necessidade e vulnerabilidade de cada região”, conta o secretário.
Em Porto Velho, as ações começarão a serem desenvolvidas no Bairro São Francisco, na Zona Leste, onde será realizado o projeto piloto. “Conversamos com as associações e começamos a identificar os problemas, instalamos câmeras de segurança em pontos estratégicos, onde há o maior registro de ocorrências. O próprio morador do bairro poderá ter acesso às imagens através de um aplicativo que será disponibilizado, e o morador poderá colaborar com a polícia dessa maneira, interagindo diretamente pelo sistema integrado de operações policiais”, revela Caetano.
As guarnições que estiverem em patrulhamento naquela área terão esse acesso e o monitoramento deixará de ficar restrito ao Ciop, dando a liberdade à polícia de agir assim que detectar ações suspeitas através das imagens. “Isso, em alguns casos de flagrância, elimina a necessidade de ligação ao Ciop e o tempo resposta será quase que imediato, da mesma forma para a população”, diz o secretário. As câmeras terão sistema de reconhecimento facial e de placas, com meta de 100 aparelhos na capital. O projeto piloto do Bairro São Francisco deverá ser distribuído gradativamente para o restante da cidade.
O investimento em toda a tecnologia necessária para contemplar todo o estado é de R$ 50 milhões, que de acordo com o coronel Caetano são recursos próprios do governo e já estão no orçamento, distribuídos em diversas secretarias envolvidas para que cada uma realize a sua parte no programa.
O programa inclui ações que já estão em andamento, como as escolas militares, os atendentes voluntários que já estão substituindo os policiais no Ciop, tem o vídeomonitoramento, iluminação pública e várias medidas que devem conter a violência e conscientizar o cidadão e os profissionais de segurança, além das prefeituras e judiciário sobre a necessidade desse trabalho sempre conjunto.
Os componentes que marcam o programa são: estrutura para segurança; recursos para segurança; tecnologia para segurança; segurança para as pessoas; segurança para morar; segurança para estudar; segurança para estudar; segurança para transitar; segurança para visitar; segurança para empreender; segurança para a sustentabilidade; segurança para recomeçar – socioeducativo e sistema penitenciário; articulação institucional; comunicação e gestão e governança do programa Rondônia Segura.
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